Um comerciante muçulmano foi esfaqueado até a morte em Glasgow, na Escócia, horas depois de ter publicado uma mensagem de páscoa dirigida aos cristãos em seu perfil no Facebook.
Asad Shah, de 40 anos, era um muçulmano devoto da cidade paquistanesa de Rabwah, e se tornou um lojista popular na maior cidade da Escócia com a Shah's Health and Fitness.
Cerca de quatro horas antes de ser morto, ele havia escrito em sua rede social: “Uma boa sexta-feira santa e uma páscoa muito feliz, especialmente à minha amada nação cristã. Vamos seguir os reais passos do amado Santo Jesus Cristo e obter o verdadeiro sucesso em ambos os mundos."
Na tarde de sexta-feira (25), a polícia confirmou que um homem muçulmano de 32 anos havia sido preso por ter ligações com a morte de Shah. "Uma investigação completa está em andamento para estabelecer todas as circunstâncias que rodearam a morte, que está sendo tratada como religiosamente preconceituosa", acrescentou um porta-voz da polícia.
A vítima foi encontrada gravemente ferida na Estrada Minard, e foi levada para o Hospital da Universidade Queen Elizabeth. Shah faleceu na quinta-feira (24).
Uma testemunha, que preferiu não ser identificada, deu relatos ao jornal Daily Record: "Enquanto eu dirigia, eu vi dois homens de pé sobre a vítima. Um deles acertou sua cabeça. Havia uma poça de sangue no chão. Foi horrível. A polícia chegou em minutos e o pobre rapaz foi reanimado no local.”
Uma campanha arrecadação de fundos foi criada na sexta feira, após a propagação da notícia da morte de comerciante, no site GoFundMe. Mais de 5 mil libras foram levantadas seis horas depois da criação da página.
Defesa proibida
Esta não é a primeira vez que um muçulmano paga com a vida ao defender o cristianismo. Em abril do ano passado, Jamal Rahman não foi poupado, mesmo pertencendo a uma família muçulmana.
Ele estava entre os 30 cristãos etíopes mortos, decapitados por militantes do Estado Islâmico, na Líbia, e se ofereceu como refém para não deixar seu amigo cristão morrer sozinho. O caso foi divulgado pelo jornalista Giorgio Bernardelli no site MissionLine.
A escolha de Jamaal Rahman lembra a história de Mahmoud Al 'Asali, o professor universitário muçulmano que, no ano passado se levantou publicamente contra a perseguição aos cristãos, em Mosul. Ele também pagou por este gesto com a vida.
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