Muçulmano, novo prefeito de Londres participa de memorial do Holocausto judeu

O prefeito recém-eleito Sadiq Khan jurou ser "um líder para todas as religiões na capital" e foi compareceu à cerimônia memorial do Holocausto judeu em Barnet (Londres) esta tarde, ao lado do Rabino Chefe Efraim Mirvis.

Fonte: Guiame, com informações do Daily MailAtualizado: domingo, 8 de maio de 2016 às 18:02
Prefeito de Londres, Sadiq Khan (ao meio) cumprimenta Harry Fleming - um sobrevivente do Holocausto Judeu - durante cerimônia em Barnet. (Foto: The Guardian)
Prefeito de Londres, Sadiq Khan (ao meio) cumprimenta Harry Fleming - um sobrevivente do Holocausto Judeu - durante cerimônia em Barnet. (Foto: The Guardian)

Logo após tomar posse como prefeito de Londres (apenas 1 dia), Sadiq Khan foi ao seu primeiro evento oficial, neste domingo, no Reino Unido: uma cerimônia memorial do Holocausto Judeu. No dia anterior, o ex-prefeito londrino, Ken Livingstone - filiado ao Partido Trabalhista inglês - havia dado declarações controversas, afirmando que "Hitler era um sionista".

O prefeito recém-eleito jurou ser "um líder para todas as religiões na capital" e foi compareceu à cerimônia memorial do Holocausto judeu em Barnet esta tarde, ao lado do Rabino Chefe Efraim Mirvis.

A visita de Khan ao evento acabou ganhando um significado simbólico e também pode ser interpretado como uma crítica ao líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn - que tentou justificar as declarações de seu aliado.

O ex-prefeito não se fez presente na cerimônia oficial de posse de Khan, na Catedral de Southwark, a sudeste de Londres, no último sábado, em meio a alegações de que o novo governante estaria disposto a distanciar-se do líder trabalhista.

O líder do Partido Trabalhista tem sido criticado sobre sua resposta ao escândalo ligado a acusações de anti-semitismo, que abalaram o partido nas últimas semanas.

As declarações de Ken Livingstone sobre "Hitler e o sionismo" causaram ainda mais alvoroço no último sábado.

Corbyn foi forçado a suspender Livingstone, mas ele negou que o Partido Trabalhista tenha feito qualquer apologia ao anti-semitismo, apesar de uma quantidade notável de 19 pessoas terem sido suspensas da legenda por fazer comentários anti-semitas.

O comentário anti-semita da semana passada foi culpado pelo queda de popularidade dos trabalhistas nas áreas judaicas, incluindo Bury, onde o partido perdeu dois conselheiros.

Sadiq Khan foi um dos primeiros a solicitar que o líder do Partido Trabalhista suspendesse o ex-prefeito de Londres, Ken Livingstone acusando seu antecessor de anti-semitismo.

 

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