Palestinos confrontam israelenses durante Ano Novo judaico, na Esplanada das Mesquitas

Os muçulmanos se aglomeraram para barrar a mesquita de Al-Aqsa, protestando pelos acessos ao local, também venerado pelos judeus, que o chamam de Monte do Templo.

Fonte: Guiame, com informações de UOLAtualizado: segunda-feira, 14 de setembro de 2015 às 17:44
Muçulmanos confrontam judeus na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém. (AFP/ Ahmad Gharabli)
Muçulmanos confrontam judeus na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém. (AFP/ Ahmad Gharabli)

 

Policiais israelenses entraram em confronto com palestinos nesta segunda-feira (14), na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém. Os conflitos se iniciaram no domingo (13), quando as forças de segurança entraram na mesquita de Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do islã, para evitar que os jovens muçulmanos reunidos na área não cercassem os judeus, reunidos no local por ocasião do Ano Novo judaico. 
 
Os muçulmanos se aglomeraram para barrar a mesquita de Al-Aqsa, protestando pelos acessos ao local, também venerado pelos judeus, que o chamam de Monte do Templo. "Quando a polícia entrou no complexo, jovens encapuzados fugiram para dentro da mesquita e lançaram pedras", afirma um comunicado das forças de segurança.

Cinco manifestantes foram detidos na Esplanada e outros quatro foram detidos em confrontos com as forças de segurança nas ruas próximas da cidade antiga de Jerusalém, de acordo com os oficiais.
 
As cerimônias do Ano Novo Judaico (Rosh Hashaná) começaram no domingo à noite e devem terminar nesta terça-feira (15). Por causa das festividades, as visitas de não muçulmanos ao local aumentam, mas os judeus são proibidos de rezar ou exibir símbolos nacionais no local, uma medida para evitar ainda mais tensão com os muçulmanos.
 
Conflito político

Nos distúrbios de domingo, muçulmanos alegaram que a polícia entrou na mesquita de forma violenta e provocou danos. A polícia israelense afirma que se limitou a fechar as portas para evitar que as pessoas que estavam do lado de dentro atirassem pedras e outros objetos.
 
A polícia também relatou, nesta segunda-feira, que as pedras atiradas por manifestantes podem ter provocado um acidente de carro que matou um motorista próximo a um bairro palestino de Jerusalém.

O presidente palestino, Mahmud Abbas, condenou a ação da polícia israelense no domingo: "Não permitiremos ataques contra nossos locais sagrados". Em resposta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou: "É nossa responsabilidade e nosso direito atuar contra os agitadores para permitir a liberdade dos fiéis neste local sagrado".

Israel conquistou Jerusalém Oriental, onde fica a Esplanada das Mesquitas, durante a guerra dos Seis Dias de 1967 e mais tarde a anexou a seu território, uma medida jamais reconhecida pela comunidade internacional. 

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