Papa Francisco pode falar sobre casamento gay e aborto em sua visita aos EUA, segundo Casa Branca

"Nós estamos esperando que a sua autoridade moral nos ajude a avançar muitos com os itens que nós julgamos importantes em nossa agenda política", disse Charlie Kupchan, diretor sênior para assuntos europeus no Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca.

Fonte: Guiame, com informações do Charisma NewsAtualizado: sexta-feira, 18 de setembro de 2015 às 13:36
Papa Francisco conversa com Barack Obama durante visita do presidente dos EUA ao Vaticano.
Papa Francisco conversa com Barack Obama durante visita do presidente dos EUA ao Vaticano.

Quando o papa Francisco chegar em Washington na próxima semana, a Casa Branca espera que ele chame a atenção para a necessidade de frear a mudança climática e lutar contra a desigualdade em áreas de interesse comum para o pontífice popular e o Presidente Barack Obama.

Mas depois de meses de trabalho sobre a agenda para a reunião, funcionários da Casa Branca disseram nesta quinta-feira (17), que eles esperam que o papa Francisco também pode trate de questões como o casamento gay ou o financiamento do governo para o aborto - políticas em que a Igreja Católica e a Casa Branca fundamentalmente discordam.

"Este papa é uma figura muito independente e conforme suas viagens anteriores, não é possível saber exatamente o que ele vai dizer até o momento", disse Charlie Kupchan, diretor sênior para assuntos europeus no Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca.

Obama e o Papa Francisco compartilham de algumas preocupações sobre "artigos do grande bilhete", como questões climáticas e pobreza, disse Kupchan. O diretor ainda informou aos jornalistas que a Casa Branca tem trabalhado em novas "iniciativas" para desenvolver durante a visita.

"Nós estamos esperando que a sua autoridade moral nos ajude a avançar muitos com os itens que nós julgamos importantes em nossa agenda política", disse ele.

Obama e o Papa Francisco se reuniram em março passado (2015), no Vaticano, onde conversaram durante cerca de uma hora.

O pontífice desempenhou um papel fundamental para ajudar a administração Obama a terminar uma distensão de 50 anos entre os Estados Unidos e Cuba - a ilha que o papa visitará em sua rota para os Estados Unidos.

Obama e o vice-presidente Joe Biden vão cumprimentar o Papa Francisco quando ele desembarcar em uma base militar dos Estados Unidos fora de Washington, na próxima terça-feira (22).

Na quarta-feira, mais de 14.000 convidados de todo o país vão se reunir no gramado da Casa Branca para uma cerimônia de boas-vindas, antes de Obama e o papa se reunirem no escritório Oval.

No dia seguinte, o Papa irá discursar uma reunião conjunta do Senado e da Câmara dos Deputados. Os legisladores ansiosos em ter câmeras de televisão registrando seu encontro com o pontífice foram advertidos para que não tentar um aperto de mão enquanto ele entra pelo plenário.


Contexto

O Papa Francisco chega a Washington enquanto a corrida presidencial aquece para substituir Obama em novembro de 2016. Além disso, um importante acordo nuclear entre as grandes potências mundiais e o Irã está em votação no Congresso dos Estados Unidos e pode ser aprovado em breve.

O vice-presidente Biden, que está considerando a possibilidade de competir pela nomeação democrata, vai participar de muitos eventos com o papa e vai liderar uma cerimônia de despedida na Filadélfia, em 27 de setembro, segundo informou a Casa Branca.

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