Parlamento do Canadá condena oficialmente o boicote a Israel

Em uma votação de 229 contra 51, um documento elaborado por parlamentares conservadores ganhou até mesmo votos dos liberais.

Fonte: Guiame, com informações do Times of IsraelAtualizado: terça-feira, 23 de fevereiro de 2016 às 19:12
Primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. (Foto: Adrian Wyld / CP)
Primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. (Foto: Adrian Wyld / CP)

A maioria do Parlamento canadense repudiou oficialmente na última segunda-feira (22), o movimento 'BDS' - que visa o boicote, desinvestimento e sanções contra Israel. Apesar do documento de repúdio ao boicote ter surgido de um movimento conservador, muitos liberais também votaram a favor da aprovação da moção, somando 229 votos a favor e 51 contra.

O documento pede ao governo canadense para "condenar toda e qualquer tentativa por organizações do país, grupos ou indivíduos que estejam promovendo o movimento BDS, tanto aqui em casa e no exterior".

Além disso, a moção observa a "longa história de amizade, bem como relações econômicas e diplomáticas" entre o Canadá e Israel. O movimento afirma que a iniciativa do 'BDS' "promove a demonização e deslegitimação do Estado de Israel".

Falando contra o boicote a Israel na semana passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Stephane Dion disse que "o mundo não vai ganhar nada ao boicotar Israel, mas sim vai perder muito, privando-se dos talentos de sua inventividade".

Grupos judeus canadenses já haviam elogiado a moção elaborada por conservadores. Em um comunicado na semana passada, Shimon Fogel, CEO do Centro de Israel para Assuntos Judeus, disse, de acordo com a agência 'Jewish Press' da Europa: "O movimento de boicote não contribui para a paz e também não é pró-palestina. É uma discriminação baseada na nacionalidade, e que prejudica tanto os israelitas, como os palestinianos, afastando ainda mais os dois lados entre si. O movimento 'BDS' prejudica os esforços genuínos de paz".

Respondendo à votação em um comunicado, o Conselho Nacional de Relações Árabes do Canadá disse que o movimento anti-BDS vai "contra o espírito da liberdade de expressão - o que é um direito consagrado na 'Carta dos Direitos e Liberdades do Canadá".

O grupo descrito como BDS afirma investir em uma "campanha não-violenta, que usa de métodos comprovados de objecção de consciência para encorajar Israel a respeitar o direito internacional".

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