Pastor é preso em Cuba, horas antes da chegada de Obama ao país

O pastor foi levado para a prisão, enquanto sua esposa, Yoaxis Marcheco Suarez, e as duas filhas do casal, foram trancadas em casa sob prisão domiciliar.

Fonte: Guiame, com informações de Christian TodayAtualizado: segunda-feira, 21 de março de 2016 às 19:56
A prisão de Barroso aconteceu poucas horas antes da chegada de Obama em Cuba. (Foto: CNN)
A prisão de Barroso aconteceu poucas horas antes da chegada de Obama em Cuba. (Foto: CNN)

Conhecido por ser um dos representantes da luta pela liberdade religiosa em Cuba, o pastor Mario Felix Lleonart de Barroso foi preso neste domingo (20), horas antes da chegada do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no país.

A casa de Mario foi cercada por policiais e oficiais de segurança no início da manhã. O pastor foi levado para a prisão, enquanto sua esposa, Yoaxis Marcheco Suarez, e as duas filhas do casal, foram trancadas em casa sob prisão domiciliar.

O telefone de sua casa foi cortado, mas um pouco antes, Yoaxis conseguiu falar com a organização Christian Solidarity Worldwide (CSW). Ela disse que seu marido foi levado para a cidade de Santa Clara, e estava sem acesso a comida e bebida.

Há uma repressão contínua contra as igrejas em Cuba. De acordo com a CSW, o governo ataca as igrejas "para ter maior controle sobre as atividades e a composição dos grupos religiosos e, assim, eliminar o potencial de qualquer agitação social."

Além de Barroso, mais de 50 ativistas de direitos humanos ligados ao grupo “Ladies in White” (Damas de Branco) foram presos à caminho da missa na manhã do domingo.

A prisão de Barroso aconteceu poucas horas antes da chegada de Obama em Cuba, em um encontro histórico após quase 90 anos de uma relação marcada por conflitos entre os dois países.

Diante da ação do presidente, um grupo de cristãos se hospedou em frente à Casa Branca em uma vigília de oração conduzida pelo Rev. Patrick Mahoney, diretor da Coalizão Defesa Cristã e pastor da Church on the Hill. Ativistas também usaram a vigília para manifestar pela liberdade religiosa.

"Nós estamos em solidariedade com nossos irmãos e irmãs perseguidos, e invocarei o presidente a falar publicamente contra este esmagamento da liberdade religiosa e dos direitos humanos. Não podemos ficar em silêncio”, disse Mahoney.

O presidente da CSW, Mervyn Thomas, condenou a prisão de Barroso. "A decisão do governo cubano em deter o reverendo Lleonart Barroso, colocando sua esposa e filhos sob prisão domiciliar e cortando sua comunicação, e a prisão violenta dos membros das Damas de Branco, no próprio dia da chegada histórica do presidente Obama na ilha, é um tapa na cara para os Estados Unidos", disse ele.

"Estamos profundamente decepcionados com o rumo dos acontecimentos, e peço ao Presidente Obama que exija a libertação desses prisioneiros como uma questão de urgência. Se os eventos do fim de semana estão autorizados a passar em silêncio, é um mau presságio para a probabilidade de qualquer melhoria em direitos humanos no futuro”, acrescentou.

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