Presas pelo Estado Islâmico, 400 mil pessoas passam fome e frio em Mossul

Diante das tentativas do exército iraquiano tentar retomar o domínio sobre Mossul, o Estado Islâmico tem impedido a entrada e saída de pessoas da cidade.

Fonte: Guiame, com informações da SRN NewsAtualizado: quinta-feira, 23 de março de 2017 às 19:40
Cerca de 400 mil pessoas ainda estão em situação crítica na Cidade Velha - parte de Mossul dominada pelo Estado Islâmico. (Foto: Public Radio International)
Cerca de 400 mil pessoas ainda estão em situação crítica na Cidade Velha - parte de Mossul dominada pelo Estado Islâmico. (Foto: Public Radio International)

Cerca de 400 mil iraquianos estão enfrentando escassez de alimentos, enquanto estão presos na parte controlada pelo Estado Islâmico em Mossul, em meio a combates. As informações foram confirmadas pela agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), nesta semana.

"O pior ainda está por vir, se eu puder colocar dessa maneira. Porque 400.000 pessoas estão presas na Cidade Velha nesta situação de pânico e penúria", disse Bruno Geddo, Alto Comissário da ONU para Refugiados ACNUR) no Iraque.

A maioria dos civis evitou sair com medo dos atiradores furtivos e minas terrestres do Estado Islâmico, mas cerca de 157 mil chegaram a um centro de acolhimento para deslocados internos no mês passado.

A luta se tornou mais focada na Cidade Velha na semana passada, mas os militantes do Estado islâmico ainda controlam cerca de 40% do oeste de Mossul. Estima-se que a luta para retomar o domínio de Mosul das mãos do Estado Islâmico poderia levar semanas, de acordo com a SRNNews.com.

Por enquanto, civis presos na Cidade Velha estão enfrentando escassez de alimentos, combustível e eletricidade.

"As pessoas começaram a queimar móveis, roupas velhas, plástico, qualquer coisa para se aquecer à noite, porque ainda está chovendo muito e as temperaturas caem significativamente nestes horários", disse Geddo.

"Quanto mais tempo você fica sem comida, mais você fica em pânico e mais você quer fugir. Ao mesmo tempo, a saída está aumentando porque as forças de segurança estão avançando e, portanto, mais pessoas estão em posição de fugir onde o risco é provavelmente mais atenuado", acrescentou Geddo.

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