Refém morta em cativeiro do Estado Islâmico, Kayla Mueller teria sido estuprada repetidas vezes

Os pais da moça já haviam sido informados anteriormente por um dos funcionários do governo dos EUA sobre a notícia chocante. Kayla tinha 26 anos na época de sua morte e teria completado 27 na última sexta.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: segunda-feira, 17 de agosto de 2015 às 16:55
Kayla Mueller integrava um grupo de ajuda humanitária norte-americano, situado na fronteira entre a Turquia e a Síria (Foto: ABC News)
Kayla Mueller integrava um grupo de ajuda humanitária norte-americano, situado na fronteira entre a Turquia e a Síria (Foto: ABC News)

Na última sexta-feira (14), autoridades dos Estados Unidos confirmaram a informação de que a integrante do grupo de ajuda humanitária norte-americana, Kayla Mueller, teria sido repetidamente estuprada pelo líder do grupo terrorista, Abu Bakr al-Baghdadi, enquanto mantida em cativeiro na Síria.

Os pais da moça já haviam sido informados anteriormente por um dos funcionários do governo dos EUA sobre a notícia chocante. Ela tinha 26 anos na época de sua morte e teria completado 27 na última sexta.

"Podemos confirmar que a família Mueller soube pelo FBI, em junho sobre o ocorrido com Kayla", disse Lenzner, porta-voz dos Mueller.

A 'ABC News' foi a primeira a relatar o abuso sexual praticado por al-Baghdadi contra Mueller, e autoridades dos EUA, falando sob condição de anonimato, confirmaram o relatório. A emissora também informou que os pais de Kayla teriam recebido a notícia do governo dos EUA de que sua filha "foi tida como uma 'propriedade' de al-Baghdadi".

O Estado Islâmico disse em fevereiro que Mueller, da cidade de Prescott, Arizona (EUA), teria morrido quando aviões de combate bombardearam um edifício da Jordânia, onde estava sendo mantida refém, do lado de fora de Raqqa, um reduto do grupo militante islâmico, na Síria.

Mueller foi apreendida em agosto 2013, ao sair de um hospital em Aleppo, no norte da Síria.

Al-Baghdadi levou pessoalmente a Mueller para ficar presa na casa de Abu Sayyaf, na Síria. O proprietário do imóvel era um representante tunisiano do Estado Islâmico, morto posteriormente em um ataque dos EUA, em maio, por um grupo de combate ao terrorismo.

As informações sobre as ações da al-Baghdadi vieram de muitas fontes, incluindo entrevistas dos EUA com, pelo menos, duas adolescentes yazidis, detidas juntas, como escravas sexuais de Sayyaf e até passaram por um interrogatório da mulher do terrorista, Umm Sayyaf, que posteriormente também foi capturada por forças americanas na invasão em que seu marido foi morto.

Mueller foi para a Turquia em Dezembro de 2012, para trabalhar em uma organização turca, fornecendo ajuda humanitária aos refugiados sírios ao longo da fronteira com a Síria.

O Estado Islâmico tem decapitado e registrado em vídeos / fotos a execução de diversos reféns, incluindo três norte-americanos. Suas forças controlam amplas faixas de território no Iraque e na Síria.

A família de Mueller se recusou a comentar diretamente a informação na última sexta-feira.

"A família está tão exausta neste momento, eles precisam de algum tempo", disse Lenzner.


Minorias religiosas

A perseguição motivada por questões religiosas se destaca em meio a tantas atrocidades. Na busca de de estabelecer um Califado (governo unificado), o EI invade cidades e vilas, obrigando a todos que adotem tal modelo de governo, o que inclui declarar a fé islâmica.

Considerados minorias religiosas, cristãos, Yazidis e diversas outras têm sofrido com tal perseguição, chegando a protagonizar muitos destes vídeos e fotos permeadas de atrocidades.


Posicionamentos
Apesar da comoção internacional que o caso de Kayla Mueller gerou, a moça não teve uma boa reputação entre o povo de Israel. O fato não tem sido noticiado em sites norte-americanos.

Segundo o site "Israel National News", Kayla integrou o Movimento Internacional de Solidariedade (ISM) e se posicionou contra a ocupação de Israel em Sheikh Jarrah (parte leste de Jerusalém).

Ao saber da morte de Kayla, anteriormente, o editor e escritor Joel Pollak lamentou o fato do posicionamento da moça quanto a Israel.

"Triste que Kayla Mueller fosse ativista anti-Israel. Se ela entendeu ambos os lados, ela poderia ter evitado idealizar o inimigo que a matou", comentou

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