Técnico do Vasco, Jorginho leva sua fé ao futebol: "Acredito no potencial que Deus me deu"

A crença do treinador resgatou a confiança dos jogadores em si mesmos e fez com que a torcida voltasse a acreditar no que parecia impossível.

Fonte: Guiame, com informações de ExtraAtualizado: terça-feira, 8 de dezembro de 2015 às 11:51
A crença do treinador resgatou a confiança dos jogadores em si mesmos. (Foto: Paulo Fernandes/Vasco)
A crença do treinador resgatou a confiança dos jogadores em si mesmos. (Foto: Paulo Fernandes/Vasco)

Jorginho, técnico do Vasco, foi o responsável por levar o time carioca até a última rodada do Campeonato Brasileiro, com chance de escapar do rebaixamento. Esse bom desempenho é resultado da aposta feita em uma de suas principais bases: a fé.

A crença do treinador resgatou a confiança dos jogadores em si mesmos e fez com que a torcida voltasse a acreditar no que parecia impossível. Homem de palavras fortes, Jorginho traz consigo a capacidade de crer que nenhuma causa é perdida — lição que aprendeu na vida.

Antes de completar 10 anos, o treinador perdeu o pai e em seguida, uma irmã. Mais tarde, seu irmão passou a usar drogas e outro se tornou alcoólatra. A superação do drama familiar veio com a fé. 

"No final dos anos 70, entrei no alcoolismo. Jorginho me via chegando em casa quebrando as coisas. Foi assim até 1983, quando eu me firmei com Cristo. Meu irmão viu a transformação. No dia 1º de junho de 1986, ele se firmou também", conta Jayme de Amorim, irmão mais velho de Jorginho, que hoje é pastor da Igreja Internacional da Graça de Deus.

Atleta de Cristo

Jorginho levou para os gramados a mesma fé que ajudou sua família a terem os problemas superados, durante toda sua carreira. Nos tempos de jogador, ele foi um dos principais nomes dos Atletas de Cristo, movimento que começou a ganhar força no futebol brasileiro no início dos anos 90.

Porém, quando começou como treinador, Jorginho passou a ser alvo de críticas por causa de sua crença. No América, em 2006, ele sugeriu que o clube trocasse de mascote e adotasse a águia no lugar do tradicional diabo. Na seleção brasileira, como auxiliar técnico de Dunga, foi acusado de ter promovido cultos religiosos na concentração, o que sempre negou.

"Estamos em um país de liberdade de culto, mas meu irmão sempre soube separar bem as coisas. O que ele não pode é negar seu amor por Cristo", disse o pastor Jayme, em defesa de Jorginho.

Por ser causa de tantas controvérsias, o treinador tem falado menos em religião nas entrevistas. Questionado se a crença na salvação vascaína estaria ligada a sua fé em Deus, ele respondeu: "Acredito no meu trabalho, no potencial que esse Deus criador me deu, de nunca desistir. Tive dois irmãos viciados, perdi três irmãs, nada disso tira minha alegria, minha paz."

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