Terrorista estupra mais de 200 mulheres e 'justifica': "Homens precisam disso"

Militante do Estado Islâmico, Amar Hussein foi preso durante uma incursão de outubro (2016) no Iraque e falou recentemente sobre as atrocidades do grupo terrorista.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 21 de fevereiro de 2017 às 12:32
Amar Hussein foi terrorista do Estado Islâmico e capturado recentemente no Iraque. (Foto: Reuters)
Amar Hussein foi terrorista do Estado Islâmico e capturado recentemente no Iraque. (Foto: Reuters)

Um terrorista do Estado Islâmico preso recentemente, alega ter estuprado mais de 200 mulheres e matado até 500 pessoas no total. Ele tentou 'justificar' que a razão pela qual o grupo extremista promove o estupro em massa de mulheres e crianças, afirmando que os "os rapazes precisam disso".

Amar Hussein, o militante que foi capturado em outubro, durante um ação militar na cidade de Kirkuk (Iraque), falou com a Reuters sobre suas experiências, revelando que os comandantes do Estado Islâmico deram aos seus "soldados" a permissão para estuprar quantas mulheres eles tivessem vontade, desde que fossem Yazidi ou de outras minorias étnico-religiosas (como as cristãs).

"Os homens jovens precisam disso", disse Hussein. "Isto é normal".

O jihadista explicou que os terroristas conseguiram estuprar muitas mulheres, porque se mudaram de casa em casa nas cidades capturadas no Iraque, levando mulheres e crianças como suas escravas sexuais, enquanto matavam os homens.

"Atiramos em quem precisávamos atirar e decapitar quem tínhamos de decapitar", acrescentou.

Hussein, que foi levado pela primeira vez para se tornar um lutador jihadista aos 14 anos de idade, lembrou que os líderes do Estado Islâmico treinavam soldados para matar pessoas e, embora inicialmente fosse difícil para ele obedecer essas ordens, isso ficou mais fácil à medida que ia praticando os crimes (assassinatos, torturas, etc).

"Sete, oito, 10 de cada vez, 30 ou 40 pessoas", ele descreveu. "Nós os levávamos para o deserto e os matávamos".

Embora as afirmações de Hussein sobre quantas mulheres ele tenha estuprado e as pessoas que ele matou no total ainda não foram confirmadas, várias organizações internacionais têm documentado a escravidão e o estupro em massa de mulheres e crianças, que continuam nos territórios que o Estado Islâmico capturou.

Documentos obtidos pelo 'Washington Post' no início de fevereiro revelaram que o Estado Islâmico mantém registros detalhados de seus combatentes, categorizando-os por tipos de sangue e listando quantas "meninas escravas" cada um tem permissão para possuir.


Vítimas
Sobreviventes que escaparam do Estado Islâmico, como a defensora de direitos humanos Nadia Murad, têm compartilhado suas tenebrosas histórias de abuso.

"Nós não nos sentimos valorizadas como seres humanos em suas mãos", disse Murad, cuja família Yazidi foi baleada na frente dela. "Eles escravizaram mais de 6.500 mulheres, levaram-nas para lugares diferentes, fizeram o que quiseram com elas e meu destino foi o mesmo. Eu fui uma das vítimas e fizeram tudo o que se possa imaginar conosco".

Ela disse que ela foi estuprada por 12 homens, enquanto era uma refém do Estado Islâmico.

"Fomos submetidas a crimes em suas mãos. Ninguém pode mencionar o que eles fizeram contra nós", acrescentou Murad.

Outros sobreviventes disseram que cortaram seus pulsos e tentaram se matar na tentativa de escapar, mas os militantes os mantiveram vivos para continuarem a abusá-los.

"As meninas me contavam suas histórias, queriam suicidar-se, queriam morrer, mas ISIS não as deixava, elas tentavam cortar os pulsos", disse um sobrevivente ao Yahoo News em janeiro.

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