Vice-presidente dos EUA declara apoio a Israel, após ameaças do Irã

Joe Biden, que está visitando Israel e se encontrou com o primeiro-ministro israelense esta semana, disse na última quarta-feira, que se o Irã descumprir a sua parte no acordo nuclear, os EUA não terão outra escolha, senão tomar medidas.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quinta-feira, 10 de março de 2016 às 14:31
Mulher segura placa em protesto contra o acordo nuclear entre as potências mundias e o Irã. (Foto: Mike Segar / Reuters)
Mulher segura placa em protesto contra o acordo nuclear entre as potências mundias e o Irã. (Foto: Mike Segar / Reuters)


O vice-presidente Joe Biden reafirmou o apoio do governo Obama a Israel na última quarta-feira (9), um dia depois que o Irã lançou dois mísseis balísticos em um local de testes e ameaçou usá-los contra o "regime sionista".

A Agência 'Fars News' informou na última terça-feira que o regime iraniano lançou dois mísseis 'Qadr H' na montanha de Alborz (uma das 31 províncias iranianas), que percorreu mais de 1.000 quilômetros de distância e pousou no Mar de Omã. O meio de comunicação diz que tem fotos dos mísseis que incluem a mensagem anti-semita ameaçadora: "Israel deve ser apagado".

Segundo a Reuters, a organização iraniana 'Islamic Revolutionary Guards Corps' disse que os mísseis têm a capacidade de atingir Israel - já que foram testados, percorrendo uma distância de 1.400 quilômetros (869 milhas) e Jerusalém fica a 1.000 quilômetros (621 milhas) de Tel Aviv.

"A razão pela qual nós projetamos nossos mísseis com um alcance de 2.000 Km é para que sejam capazes de atingir o nosso inimigo do regime sionista de uma distância segura", disse o brigadeiro-general Amir Ali Hajizadeh, em um comunicado.

"Nós não vamos ser os únicos que começam uma guerra, mas não vamos ser pegos de surpresa, então colocamos nossas instalações em algum lugar que os nossos inimigos não podem destruir, para que pudéssemos continuar a longa guerra", Hajizadeh afirmou.

O teste recente com o míssil iraniano tem atraído a condenação dos Estados Unidos, que ameaçou impor novas sanções ao país do Oriente Médio se continuar com essas experiências.

No início deste ano, o Irã e os EUA, juntamente com outras potências mundiais, chegaram a um acordo que envolveu a suspensão das sanções econômicas contra a República Islâmica, desde que esta concordasse em reduzir seu programa de armas nucleares. A decisão gerou duras críticas do primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu.

Biden, que está visitando Israel e se encontrou com o primeiro-ministro israelense esta semana, disse na última quarta-feira, de acordo com a CNN, que se o Irã descumprir a sua parte no acordo nuclear, os EUA não terão outra escolha, senão tomar medidas.

"Um Irã com armas nucleares é uma ameaça absolutamente inaceitável para Israel, para a região e para os Estados Unidos. E quero reiterar que eu sei que as pessoas ainda têm dúvidas aqui. Mas se de fato eles quebrarem o acordo, nós vamos agir", disse Biden.

Autoridades norte-americanas confirmaram esta semana que, embora o recente teste não viole o acordo de armas nucleares, é provável que viole as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que proíbem o regime de lançar ou testar mísseis balísticos.

Abbas Araqchi, vice-chanceler do Irã, disse em um comunicado às autoridades iranianas no Teerã, terça-feira, que o país irá quebrar o acordo nuclear se este não servir aos "interesses nacionais" do Irã.

"Se os nossos interesses não forem correspondidos sob o acordo nuclear, não haverá razão para continuar", disse Araqchi.

Enquanto o Irã realizava seus testes de mísseis, Biden se reunia com Netanyahu em Jerusalém, onde o vice-presidente prometeu apoio contínuo do EUA a Israel, após uma série de ataques terroristas realizados por palestinos nesta semana.

"Não pode haver nenhuma justificativa para esta violência odiosa e os Estados Unidos estão firmemente apoiando o direito que Israel tem de se defender", disse Biden na quarta-feira, segundo relatórios da NBC News.

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