Vítimas de tragédia no Chile eram dedicadas na igreja, segundo familiares

O casal que foi morto com mais quatro familiares fazia parte da Igreja Adventista de Hortolândia, no interior de São Paulo.

Fonte: Guiame, com informações do GloboAtualizado: sexta-feira, 24 de maio de 2019 às 14:01
As vítimas são uma família de quatro pessoas, além do irmão e cunhada da mãe da primeira família. (Foto: Reprodução/Facebook)
As vítimas são uma família de quatro pessoas, além do irmão e cunhada da mãe da primeira família. (Foto: Reprodução/Facebook)

Uma família de seis brasileiros foi encontrada morta na quarta-feira (22) em um apartamento na área central de Santiago, capital do Chile. O casal que está entre as vítimas é conhecido por sua dedicação à igreja, segundo familiares.

A família estava em um apartamento alugado pela empresa Airbnb, que informou na quarta que irá arcar com os custos de traslado dos corpos. Bombeiros chilenos suspeitam que um vazamento de gás tenha causado as mortes.

As vítimas são uma família de quatro pessoas da cidade de Biguaçu, na Grande Florianópolis: Fabiano de Souza, 41 anos, Débora Muniz Nascimento de Souza, 38 anos, Karoliny Nascimento de Souza, 14 anos e Felipe Nascimento de Souza, 13 anos.

Outras duas vítimas são o irmão e a cunhada da mãe da primeira família, que moravam em Hortolândia, no interior de São Paulo. Jonathas Muniz e Adriane Kruger eram casados há menos de três anos e frequentavam a Igreja Adventista da cidade.

Na quarta, fiéis estavam em choque com a tragédia durante a viagem ao Chile, que foi feita para comemorar o aniversário de Karoliny, que faria 15 anos nesta sexta-feira (24).

Segundo familiares, Jonathas e Adriane dedicavam seu dia-a-dia à igreja, próxima à sua casa. Ele era chefe do departamento pessoal do Instituto Adventista de Tecnologia (IATec) e ela acabou de se formar em Engenharia Civil.

O casal morava em um apartamento a cerca de 300 metros da área que abriga o IATec, o Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), um colégio adventista e um templo.

Em nota, o IATec disse que está “oferecendo todo apoio aos familiares neste momento difícil e de profundo pesar”. “Como uma instituição cristã, confiamos em Deus e acreditamos na esperança da ressurreição e na breve volta de Jesus Cristo”, destacou a instituição.

Adriane estava trabalhando no projeto de construção da nova casa, perto do local de trabalho. Antes de viajar para o Chile, o casal usou suas economias para comprar o terreno e construir um lar.

Ao jornal O Globo, vizinhos e comerciantes disseram que lembram do casal, mas afirmam que eles eram reservados. Moradores afirmam que o bairro é formado majoritariamente por fiéis da mesma denominação religiosa — quase 90%.

Jonathas e Adriane se conheceram em um evento da própria Igreja, quando ele ainda cursava Direito. Eles se casaram em novembro de 2016, deixaram Santa Catarina e foram para o interior de São Paulo, onde Jonathas já estava há um ano e meio.

Sem filhos, eram apaixonados pelos dois sobrinhos, também vítimas da tragédia, conta Luciane Pinheiro Kruger, irmã de Adriane.

A viagem quase foi cancelada em razão da situação clínica da mãe de Jonathas. A família estava planejando antecipar o retorno ao Brasil porque, um dia antes da morte dos seis no Chile, a mãe de Jonathas e Débora morreu em Santa Catarina.


Mãe de brasileiros encontrados sem vida no Chile, Isabel Muniz (centro), morreu horas antes dos filhos, Débora e Jonathas. (Foto: Reprodução/Instagram)

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