Vladimir Putin: "40 países estão financiando o Estado Islâmico"

De acordo com o meio de comunicação financiado pelo governo, 'Russia Today', Putin cedeu imagens de satélite para outros chefes de Estado na Cúpula de líderes do G20, mostrando a venda no mercado negro do petróleo pelo Estado Islâmico.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quarta-feira, 18 de novembro de 2015 às 12:52

Apelando por uma maior cooperação global contra o terrorismo, o presidente russo, Vladimir Putin disse na última segunda-feira que o financiamento para o Estado islâmico está vindo de 40 países, incluindo alguns Estados do G20.

"Eu dei exemplos com base em nossos dados sobre o financiamento das diferentes unidades de Estado Islâmico por particulares. Esse dinheiro, como já estabelecido, vem de 40 países e, há alguns dos membros do G20 entre eles", afirmou Putin, respondendo a perguntas feitas a ele pela imprensa na reunião da Cúpula, em Antalya, Turquia.

De acordo com o meio de comunicação financiado pelo governo, 'Russia Today', Putin cedeu imagens de satélite para outros chefes de Estado na Cúpula de líderes do G20, mostrando a venda no mercado negro do petróleo pelo Estado Islâmico.

"Eu mostrei aos nossos colegas, fotos tiradas do espaço e de aeronaves que demonstram claramente a dimensão do comércio ilegal de petróleo e produtos petrolíferos", disse o presidente russo.

A carreata de veículos de reabastecimento se estendia por dezenas de quilômetros, de modo que a partir de uma altura de 4.000 a 5.000 metros, se estendem para além do horizonte, acrescentou Putin sobre o comboio de óleo que ajuda a financiar o Estado Islâmico.

O 'New York Times' informou que na segunda-feira aviões de guerra norte-americanos baseados na Turquia atingiram um comboio de petróleo do EI no leste da Síria. O relato diz que o ataque ao comboio foi planejado antes dos ataques terroristas da última sexta-feira (13) em Paris.


Divergências
Putin discordou de Obama e outros líderes ocidentais sobre uma estratégia para derrotar O Estado Islâmico na Síria. Os EUA e a Rússia têm divergido muitas vezes sobre o que constitui alvos legítimos, enquanto a Rússia tem sido acusada por alguns países de apenas trabalhar para sustentar o regime de Assad da Síria.

"Precisamos organizar o trabalho especificamente concentrado na prevenção de ataques terroristas e na luta contra o terrorismo em escala global. Oferecemos a cooperação [com os EUA] nos esforços anti-Estado Islâmico", acrescentou Putin. "Infelizmente, os nossos parceiros americanos recusaram. Eles apenas enviaram uma nota por escrito, que diz: 'Nós rejeitamos sua oferta".

Ele continuou: "Mas a vida está sempre em evolução e em um ritmo muito rápido, muitas vezes nos ensinando lições. E eu acho que agora a percepção de que uma luta eficaz [contra o terrorismo] só pode ser encenada em conjunto está chegando a toda a gente".

O presidente russo enfatizou que agora era a hora para um "esforço conjunto internacional" e não o tempo para descobrir qual país "é mais e qual é menos eficaz" nesta luta contra o terrorismo.

Putin pediu especificamente para obter mais apoio da administração Obama, nações da União Europeia, Irã e Arábia Saudita na luta contra o EI.

Obama e Putin se reuniu por mais de 30 minutos no G20 para discutir uma estratégia militar contra o grupo terrorista.

Segundo o NY Times, funcionários da administração Obama dão uma interpretação mais positiva sobre a reunião entre os dois líderes mundiais, enquanto as autoridades russas expressam que os dois líderes ainda estão em desacordo sobre como lidar com a guerra civil na Síria.

"Na tática, os dois lados ainda estão divergindo", disse Yuri Ushakov, assessor de política externa de Putin.

O presidente francês, François Hollande também pediu que os Estados Unidos e a Rússia a unir-se para derrotar o Estado Islâmico, durante um discurso especial para o parlamento, nesta segunda-feira (16).

"Temos de combinar nossas forças para alcançar um resultado que já tarda em chegar", disse Hollande.

Putin observou nesta segunda-feira, que mais compartilhamento de informações na luta contra o EI deve ser uma prioridade e acrescentou que a Rússia pediu mais detalhes sobre alvos específicos.

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