Roberto de Lucena: "Independente da opção sexual, todos têm o direito a orientação psicológica"

Apesar de seu uso indevido, o termo "cura gay" voltou a ser amplamente citado e comentado nas mídias sociais e veículos de comunicação.

Fonte: Guiame, João NetoAtualizado: terça-feira, 5 de maio de 2015 às 20:59

Com a aprovação no dia 16 de abril, do requerimento proposto oficialmente por Marco Feliciano (PSC-SP), para que nove ex-gays e a psicóloga especializada em Direitos Humanos sejam ouvidos pela CDHM, o termo "cura gay" voltou a ser amplamente comentado nas mídias sociais, emissoras de TV, rádios e outros veículos de comunicação.

Já classificado por diversos parlamentares, pastores e psicólogos como uma distorção da verdadeira proposta, a expressão continua a ser usada, gerando cada vez mais polêmica nos debates entre cristãos, defensores da Família Tradicional, psicólogos e militantes do movimento LGBT.

De autoria do deputado João Campos (PSDB-GO) e tendo como relator na Comissão de Seguridade Social, o deputado Roberto de Lucena (PV-SP), o Projeto de Decreto Legislativo 234/2011 visava defender o direito de psicólogos em prestar atendimento a homossexuais que quisessem seguir outra conduta sexual.

A proposta gerou grande polêmica e foi arquivada após gerar grande polêmica.

Em uma espécie de debate, promovido pela TV Câmara já em 2013, os deputados Roberto de Lucena (PV-SP) e Jean Wyllys (PSOL-RJ) colocaram seus posicionamentos a respeito da proposta.
Apesar de "antigo", o vídeo expõe opiniões e argumentos bem semelhantes aos apresentados nos dias atuais.

Segundo Lucena, a polêmica que se formou sobre a proposta não tem sentido, pois tem como causa um ponto que não existe de fato no projeto.

"Há uma grande polêmica em torno de uma proposta que na verdade não existe no projeto. o PDC 234 não discute a sexualidade. Eu preciso reconhecer a competência dessas pessoas que impuseram este carimbo, que maldosamente induziu, inclusive parte da imprensa a trata-lo dessa forma", alertou.

O parlamentar também lembrou que o projeto assegura ao psicólogo, o direito de exercer sua profissão, ajudando a quem precisar, independente de sua orientação sexual.

"Primeiro este projeto trata da permissão para que o psicólogo assista a uma pessoa, independente de que ela seja homossexual, bissexual, heterossexual, se esta pessoa procurar o profissional de psicologia, vivendo os seus conflitos interiores, buscando assistência. O PDC 234 é justo, porque preserva esta condição ao psicólogo, de que ele pratique a sua ciência", informou.

Já Jean Wyllys apontou o projeto como uma promoção do uso de proselitismo religioso dentro da psicologia, para "induzir homossexuais" a abandonarem sua condição sexual.

Clique no vídeo abaixo para conferir o debate entre os deputados Roberto de Lucena e Jean Wyllys:

 

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