Após morte de presidente do Santander, Anta Patricia Botín assume cargo

Emilio Botín morreu na noite desta terça-feira (9), aos 79 anos, em Madri. Escolha da filha de Botín pelo conselho ocorreu por unanimidade.

Fonte: Globo.comAtualizado: quarta-feira, 10 de setembro de 2014 às 19:27
Ana Patricia Botin, em imagem de arquivo
Ana Patricia Botin, em imagem de arquivo

Ana Patricia Botín, 53 anos, foi nomeada nesta quarta-feira (10), por unanimidade, como presidente do Grupo Santander, em substituição ao pai, Emilio Botín, que morreu na noite desta terça-feira (9) em Madri, aos 79. Ana é a filha mais velha e dirigia a filial britânica da companhia.

"Ana Botin é considerada a melhor pessoa, dadas as suas qualidades pessoais e profissionais, sua experiência, sua carreira no grupo e seu reconhecimento nacional e internacional unânime", disse a Comissão Nacional da Bolsa de Valores (CNMV) da Espanha, em comunicado do Santander.

Na manhã desta quarta-feira (10), o Santander havia indicado que a comissão de nomeações e retribuições e o conselho de administração se reuniria para designar ao novo presidente do banco.

O Santander do Reino Unido disse que seu Conselho se reunirá na próxima semana para escolher um novo presidente-executivo após a atual presidente Ana Botín ter sido escolhida para presidir o Conselho do Grupo Santander.

O banco britânico do Santander disse que Nathan Bostock, seu vice-presidente, que entrou para o banco no mês passado, será responsável por supervisionar as operações e a estratégia na fase de transição. Bostock é considerado o favorito para suceder Ana Botín como chefe no Reino Unido.

Tradição financeira
Nascido em 1 de outubro de 1934 em Santander, Botín foi herdeiro da tradição financeira de sua família, já que seu avô e seu pai também foram presidentes do banco Santander, e começou a dirigir a entidade bancária em 1986, e foi um dos responsáveis pela sua expansão internacional.

Formado em direito e economia pela Universidade de Deusto, Emilio Botín ingressou aos 24 anos no Banco Santander, onde ocupou os postos de representante dos serviços centrais e de subdiretor-general.

Conselheiro do Banco Santander desde 1960, quatro anos depois foi nomeado diretor-geral e em 1971 foi eleito segundo vice-presidente do conselho de administração da entidade financeira.

Membro da Comissão Executiva do Banco Santander desde 1964, foi designado executivo-chefe em 1977.

Em 19 de novembro de 1986 foi nomeado presidente do Banco Santander e se tornou em um dos poucos gerentes financeiros que além de assumir a presidência da entidade, era seu principal executivo e máximo acionista.

Sua gestão se caracterizou pela estratégia de conquista do mercado internacional e por um processo de fusões e aquisições nacionais para conseguir a liderança entre os bancos espanhóis.

Emilio Botín era casado com Paloma O'Shea Artiñano e tinha seis filhos.

Botín no Brasil
No final de julho, Emilio Botín esteve no Rio de Janeiro. Na ocasião, o presidente do Grupo Santander repercutiu a demissão de uma funcionária do banco, no Brasil, por ter enviado a clientes de alta renda um informe, sugerindo que a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) poderia piorar a economia.
"A pessoa que foi demitida, foi demitida porque o banco achou que deveria demitir porque fez alguma coisa ruim", disse Botín, naquele dia, sem dar mais detalhes.

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