Brasil cai três posições em ranking de competitividade

Fonte: O GLOBO - EconomiaAtualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:01
Segundo levantamento, infraestrutura brasileira está na 52º posição em lista que conta com 60 países
Segundo levantamento, infraestrutura brasileira está na 52º posição em lista que conta com 60 países

rankingO Brasil perdeu mais três posições no ranking mundial de competitividade do IMD em 2014 e “confirma” posição entre as dez piores nações do mundo. O país está na 54ª posição do levantamento, que conta no total com 60 países, é é feito anualmente International Institute for Management Development, IMD, e no Brasil pela Fundação Dom Cabral. O país só está à frente de Eslovênia, Bulgária, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela. Para Carlos Arruda, responsável pela etapa brasileira do levantamento, o problema é que, em quatro anos, o país perdeu 16 posições e saiu do nível mediano de países para figurar entre as nações menos competitivas do estudo.

O Índice de Competitividade Mundial 2014 (World Competitiveness Yearbook - WCY) é liderado novamente pelos Estados Unidos, seguido por Suíça, Cingapura, Hong Kong, Suécia, Alemanha, Canadá, Emirados Árabes, Dinamarca e Noruega.

— A situação do Brasil é ruim pois não fomos apenas ultrapassados por outras nações, mas na verdade perdemos pontos, principalmente nas expectativas econômicas — disse o professor da Fundação Dom Cabral.

O índice analisa 320 pontos, divididos em 20 assuntos de quatro grandes temas. Apenas em um assunto, emprego, o Brasil é “top 10”: em emprego, na 6ª posição do ranking. No segmento desempenho da economia, o país caiu da 42ª para a 43º posição. Em eficiência do governo se manteve na 58ª posição, no grupo infraestrutura caiu de 50º para 52º e em eficiência empresarial caiu de 37º para 46º.

— Este fenômeno é usual, primeiro o país perde eficiência governamental, em infraestrutura e na dinâmica da economia e isso acaba chegando ao setor empresarial. Muitas vezes as empresas são eficientes do portão para dentro, assim como o agronegócio é competitivo da porteira para dentro, mas depois perdem condições por problemas de infraestrutura — disse ele, lembrando que, este ano, quase todos os países latino-americanos listados perderam posições no ranking.

Arruda lembra que a posição do Brasil está sendo impactada, também, a pelo aumento significativo de preços (54ª posição) e pela baixa participação do Brasil no comércio internacional (59ª posição). Para ele, o Brasil pode subir no ranking se fazer com que os projetos de infraestrutura saiam do papel e se o país fizer reformas estruturais, nas áreas tributária, fiscal e trabalhista, além de ampliar e melhorar a qualidade da educação.

— O país precisa de um esforço, do contrário poderá se consolidar no fim do ranking — disse.

 

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