Inflação oficial fica acima da meta pelo 4º mês seguido, diz IBGE

Fonte: G1Atualizado: sexta-feira, 5 de dezembro de 2014 às 12:10
Inflação oficial fica acima da meta pelo 4º mês seguido, diz IBGE
Inflação oficial fica acima da meta pelo 4º mês seguido, diz IBGE

A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,51% em novembro. No mês anterior, havia sido de 0,42%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 6,56% e se manteve acima do teto da meta do governo, de 6,5%, pelo 4º mês seguido. No acumulado do ano, até novembro, o índice é de 5,58%. Em novembro de 2013, a taxa havia sido de 0,54%.

A carne lidera o ranking dos principais impactos, com alta de 0,09 ponto percentual, pelo terceiro mês consecutivo. Os preços aumentaram 3,46% em novembro, mais do que em outubro (1,46%) e acumulam alta de 17,81% no ano. No mês, as carnes chegaram a subir 7,51% na região metropolitana de Belém, seguida de Campo Grande (6,03%) e de Goiânia (5,87%). No ano, os preços aumentaram mais em Goiânia, 24,12%, e em Belém, 22,95%. A batata-inglesa também foi destaque entre os alimentos com maior aumento de outubro para novembro, subindo 38,71% na média. Em Salvador, chegou a 75,49%.

Assim, o grupo alimentação e bebidas foi responsável por 37% do IPCA de novembro, com a maior variação e o maior impacto no mês.

“Este ano foi praticamente marcado pelos alimentos e alguns administrados. Além do sobe e desce das commodities, nós tivemos problemas sérios climáticos que prejudicaram as lavouras como vem prejudicaram, então, os alimentos foram marcantes no sentindo de definir os movimentos da série do IPCA”, explicou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índices de preços do IBGE.

Em segundo lugar no ranking dos principais impactos vem a gasolina, com alta de 0,07 ponto percentual de outubro para novembro. De acordo com o IBGE, o preço do litro da gasolina ficou 1,99% mais caro, refletindo, nas bombas, parte do reajuste de 3% nas refinarias, em vigor a partir de 7 de novembro. Goiânia foi destaque, com alta de 7,95% no mês.

A seguir vem a energia elétrica, com aumento de 0,05 ponto percentual de um mês para o outro. As maiores variações foram registradas em Fortaleza (10,18%) e Salvador (6,97%), em decorrência de aumentos no PIS/Pasep/Cofins, além do Rio de Janeiro (8,83%), onde ocorreu reajuste de 17,75% em 7 de novembro em uma das concessionárias.

Índices regionais
Nos índices regionais, o maior foi o de Goiânia (1,21%), onde os combustíveis (7,84%) foram responsáveis por 0,53 ponto percentual do índice do mês, com alta de 7,95% na gasolina e de 9,70% no etanol. O aumento de 3,28% nos preços dos alimentos consumidos no domicílio também pressionou o resultado. O menor índice foi o de Vitória (0,03%), com as contas de energia elétrica 6,73% mais baratas em função das alíquotas do PIS/Pasep/Cofins.

A aceleração da taxa se deu quase em todas as regiões metropolitanas, segundo o IBGE. “Essa aceleração da taxa foi praticamente em todas as regiões metropolitanas de outubro para novembro. Goiânia liderou passando de 0,78% para 1,21%. Fortaleza foi para 0,81%, e praticamente o responsável por esse avanço foram os alimentos”, diz Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índices de preços do IBGE.

“Quando a gente olha o resultado no ano e os últimos 12 meses, vê que eles estão chegando perto. As taxas estão tendendo a ficar mais próximas. E o Rio de Janeiro lidera tanto o resultado no ano quanto nos 12 meses, com 6,13% e 7,37% [respectivamente]”, completou.

Inflação pelo INPC
Nesta sexta-feira, o IBGE ainda divulgou o comportamento da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que variou 0,53% em novembro, acima do índice de 0,38% de outubro em 0,15 ponto percentual. No ano, o indicador acumula alta de 5,57%, acima da taxa de 4,81% relativa a igual período de 2013. Em 12 meses, o índice é de 6,33%, próximo dos 6,34% relativos aos 12 meses anteriores. Em novembro de 2013, o INPC havia sido 0,54%.

O INPC se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos e abrange 10 regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia e Campo Grande.

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