Prévia do PIB aponta crescimento de 2,3%

Prévia do PIB aponta crescimento de 2,3%

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:03
PIB
O nível de atividade econômica do país registrou crescimento de 2,52% em 2013, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que busca antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB). O número foi divulgado pela autoridade monetária nesta sexta-feira (14).
 
Neste caso, a comparação foi feita sem ajuste sazonal, pois considera períodos iguais (ano contra ano) – avaliada como mais apropriada por economistas. Considerando o resultado de 2013 com ajuste sazonal (dessazonalizado), menos apropriado segundo o mercado, o índice avançou 2,57%.
 
Com isso, o BC estima que o PIB tenha registrado aceleração no ano passado, uma vez que avançou 1% em 2012. O número oficial do crescimento da economia em 2013, porém, será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) somente em 27 de fevereiro.
 
A prévia do PIB, do Banco Central, ficou um pouco acima da última estimativa do mercado financeiro, colhida na semana passada pela autoridade monetária, para o resultado. A mediana da previsão dos analistas dos bancos, para a expansão do PIB de 2013, ficou em 2,24%. O próprio BC estimou, em dezembro, um crescimento de 2,3% para a economia no último ano.
 
Resultados do IBC-Br x PIB
O IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos. Os últimos resultados do IBC-Br, porém, não têm mostrado proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
O resultado do IBC-Br de 2012, por exemplo, mostrou um crescimento de 1,6%. Posteriormente, o resultado oficial do PIB mostrou uma alta menor, de 1% no ano passado. O mesmo aconteceu no primeiro, segundo e terceiro trimestres de 2013. Entre julho e setembro do ano passado, o indicador do BC teve retração de 0,11%, mas o PIB caiu mais – 0,5%.
 
A autoridade monetária já avaliou, no passado, que o IBC-Br não seria uma medida do PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas "um indicador útil" para o BC e para o setor privado. "Se o IBC-Br acertasse na mosca é que seria surpreendente", afirmou o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton, no fim de 2012.
 
Desempenho da economia
O fraco desempenho da economia registrado em 2012 e uma recuperação menor que o esperada no ano passado estão relacionados, segundo economistas, com a economia mundial, que, apesar da melhora nos últimos meses, ainda se ressente da crise financeira. Além disso, há a baixa confiança do empresariado, o alto nível de endividamento das famílias e o menor crescimento do emprego formal.
 
O atual cenário acontece apesar de várias medidas anunciadas pelo governo no decorrer do ano passado – como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a linha branca (geladeiras, freezers, fogões, micro-ondas, lavadoras, secadoras e condicionadores de ar) e automóveis –, do aumento do dólar e da redução em mais de R$ 100 bilhões dos chamados depósitos compulsórios.
 
O governo também reduziu o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para empréstimos tomados por pessoas físicas e deu prosseguimento à desoneração da folha de pagamentos, entre outras medidas. Entretanto, o BC começou a subir os juros para conter as pressões inflacionárias. A taxa passou de 7,25% ao ano, em abril, para 10% ao ano no fim de 2013.
 
Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressões inflacionárias. Atualmente, entretanto, os juros básicos estão em 10,5% ao ano, após seis elevações em 2013 e uma alta no início deste ano.
 
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Para 2014 e 2015, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
A expectativa do mercado financeiro é de que os juros continuem subindo em 2014 e atinjam 11,25% ao ano no fim do ano. Segundo analistas, a política de gastos públicos em alta e a alta do dólar, entre outros fatores, tendem a continuar pressionando a inflação neste ano.
 

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