Risco de faltar energia no país atinge 5%, máximo tolerado pelo governo

Avaliação está em nota divulga nesta quarta-feira (5) pelo CMSE. Comitê diz que novas “ações” no setor podem ser necessárias.

Fonte: Globo.comAtualizado: quarta-feira, 5 de novembro de 2014 às 22:26
Risco de faltar energia no país atinge 5%, máximo tolerado pelo governo
Risco de faltar energia no país atinge 5%, máximo tolerado pelo governo

Risco de faltar energia no país atinge 5%, máximo tolerado pelo governoO risco de faltar energia no país em 2015 atingiu 5%, o nível máximo tolerado pelo governo, informou nesta quarta-feira (5) o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Por conta disso, o colegiado voltou a admitir que “ações conjunturais específicas podem ser necessárias” para garantir o atendimento da demanda por eletricidade, mas não explica quais.

O risco de 5% de déficit de energia no próximo ano é para as regiões Sudeste e Centro-Oeste, responsáveis por 70% da capacidade de geração de energia do país, e onde os reservatórios de hidrelétricas sofrem com a falta de chuvas – na terça-feira (4), o nível médio de armazenamento de água era de 18,3 %, índice mais baixo que o registrado nessa mesma época em 2001, quando o país passava por racionamento.

Essa é a primeira reunião do CMSE após as eleições. No encontro passado, realizado no início de outubro, a previsão era de que o risco de faltar energia no Sudeste e Centro-Oeste em 2015 era de 4,7%.

Na região Nordeste, onde os reservatórios também sofrem com a estiagem, o risco de faltar energia em 2015 é hoje de 0,7%, de acordo com o CMSE. Para 2014, o atendimento da demanda está garantido em todo o país.

O CMSE informou ainda que em outubro choveu abaixo do normal no Sudeste e Centro-Oeste (64% da média histórica) e no Nordeste (36% da média histórica), o que contribuiu para o agravamento da situação dos reservatórios nessas regiões.

Apesar disso, o comitê afirma que “o sistema elétrico brasileiro apresenta-se estruturalmente equilibrado, devido à capacidade de geração e transmissão instaladas no país, que continua sendo ampliada com a entrada em operação de usinas, linhas e subestações.”

O CMSE vem monitorando a situação do sistema elétrico brasileiro por conta da queda no volume de água armazenado pelos reservatórios das principais hidrelétricas. Para poupar água, o país aumentou a produção de energia pelas termelétricas – usinas movidas a combustíveis como gás e óleo, e que geram energia mais cara e encarecem as contas de luz.

No início de 2014, houve temor de que o país pudesse passar por um novo racionamento, como o que ocorreu em 2001. O governo, porém, vem negando o risco de faltar energia para atender à demanda.

 

Fábio AmatoDo G1, em Brasília

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