Segundo IBGE, Inflação oficial em 12 meses é a maior desde outubro de 2011

Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 6,75%, acima do teto da meta do BC. De agosto para setembro, taxa passou de 0,25% para 0,57%.

Fonte: Globo.comAtualizado: quarta-feira, 8 de outubro de 2014 às 12:55

Depois de uma temporada de quedas, o preço dos alimentos voltou a subir e pressionou a inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De agosto para setembro, o indicador acelerou de 0,25% para 0,57%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 12 meses, o IPCA acumula alta de 6,75%, acima do teto da meta de inflação do Banco Central, de 6,5%. Segundo o IBGE, é o maior índice acumulado nesse período desde outubro de 2011, quando atingiu 6,97%. No ano, de janeiro a setembro, o IPCA está em 4,61%.

A expectativa do mercado financeiro para o IPCA está em 6,32% neste ano, de acordo com o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. Para 2015, a previsão dos analistas dos bancos para o IPCA ficou estável em 6,30%.

Considerando todos os grupos de despesas cujos preços são analisados pelo IBGE, o dos alimentos tiveram a maior variação. Após caírem por três meses seguidos, eles voltaram a subir, registrando alta de 0,78%, influenciados principalmente pelas carnes. O quilo do alimento subiu 3,17% em setembro.

Depois dos alimentos, aparece como segunda maior pressão a alta nos preços dos transportes,  de 0,63%, depois de subir quase a metade em agosto. O resultado foi impactado pelo preços das passagens áreas que, depois de uma folga pós-Copa, voltaram a subir (17,85%).

Seguiram a mesma tendência de aumento os grupos de gastos relativos a vestuário (de -0,15% para 0,57%), comunicação (de 0,10% para 0,13%) e despesas pessoais (de 0,09% para 0,39%).

Na contramão da maioria dos grupos estão os de habitação (de 0,94% para 0,77%), artigos de residência (de 0,47% para 0,34%), saúde e cuidados pessoais (de 0,41% para 0,33%) e educação (de 0,43% para 0,18%), cujos preços foram reduzidos de agosto para setembro.

Combustível mais caro em Salvador
Na análise regional, as maiores variações do IPCA partiram de Salvador (0,99%), influenciada pelo aumento de 10,22% da gasolina e de 12,12% do etanol, e de Brasília (0,98%), pressionada pelas passagens aéreas (14,38%).

Em Goiânia, foi registrado oe menor índice, de 0,16%. Ao contrário do que ocorreu em Salvador, o preço dos combustíveis caiu 7,03%.

INPC
Nesta quarta-feira (8), o IBGE também apresentou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que variou 0,49% em setembro, depois de subir 0,18% em agosto. No ano, o indicador acumula alta de 4,62% e, em 12 meses, de 6,59%. Em setembro de 2013 o INPC havia sido 0,27%.

 

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