Gêmeas passam em primeiro lugar na USP

Gêmeas passam em primeiro lugar na USP

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:03
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Elas são gêmeas, sempre foram muito unidas e dividiram o dia a dia e a rotina de estudos na cidade onde foram criadas, Viçosa, em Minas Gerais. Agora, as irmãs Marina e Cecília Resende Santos, de 17 anos, compartilham também um feito: ambas ficaram em primeiro lugar no curso que escolheram na Universidade de São Paulo (USP).
 
Marina foi a primeira colocada no curso de direito e Cecília, no de arquitetura no campus de São Carlos. Foi a primeira vez que elas tentaram o vestibular da Fuvest.
 
Cecília vai para São Carlos, mas Marina decidiu trocar a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, pela Universidade de Brasília (UnB), onde foi aprovada com a maior nota no curso de relações internacionais.
As duas irmãs não são gêmeas idênticas (univitelinas), mas são tão parecidas que há gente que confunda uma com a outra. Também têm personalidade e gostos semelhantes: ambas se dizem tímidas e caseiras, gostam de desenhar e de ler, e adoram estudar desde pequenas.
 
Até na hora de escolher a profissão uma ajudou a outra. Primeiro, elas convencionaram que fariam cursos diferentes. "Já que a gente gosta de estudar mesmo, depois uma ensina para a outra", diz Marina.
Como as duas gostavam de "todas as matérias da escola", buscavam cursos interdisciplinares, que não fossem focados em apenas uma área do conhecimento, como ciências humanas ou ciências exatas. Foi então que chegaram às opções arquitetura e relações internacionais, mas demoraram um pouco para decidir quem iria fazer qual. "As duas nos interessávamos pelo curso da outra. Mas ela era mais de debater, eu já pensava em ser arquiteta desde pequena, aí decidimos", conta Cecília.
 
Segundo Marina, foi um susto ver seu nome em primeiro lugar no curso de direito. "Não fiz cursinho, sei que tem gente esperando dois anos para passar. Não esperava", diz.
 
Estudo em dupla
A rotina de estudo das gêmeas no terceiro ano do ensino médio foi puxada, mas não especificamente por causa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e das provas dos vestibulares tradicionais. Na verdade, elas contam que sempre estudaram diariamente, inclusive nos fins de semana. "Focamos muito mais na escola do que no vestibular", diz Marina.
 
Afora as disciplinas de ciências exatas, as demais elas estudavam juntas, "discutindo" os assuntos e lendo o caderno uma da outra. "A gente não estudava só para passar de ano, para passar na prova. Aí quando chegou o vestibular, já estávamos um passo à frente e tínhamos facilidade, não tivemos que estudar às pressas", diz Cecília.
 
As aulas de natação, que ambas faziam, tiveram que ser sacrificadas em 2013. Mas outros trabalhos extraclasse continuaram. Elas ajudaram, por exemplo, na organização de simulações das assembleias das Nações Unidas na escola onde estudavam –o Coluni, Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa– e se envolveram em projetos de iniciação científica.
 
Agora, preparam-se para morar em cidades separadas. "Vou sentir mais falta dela do que do meu pai", diz Marina, rindo. "Vamos ter que nos falar por Skype duas horas por dia. Somos muito ligadas", diz Cecília.
 

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