Aécio Neves diz ter mais convergências do que divergências com Marina Silva

Segundo Blog do Camarotti, grupo de Marina estuda apoiar candidato. Tucano se reuniu com aliados após ser confirmado para o segundo turno.

Fonte: Globo.comAtualizado: terça-feira, 7 de outubro de 2014 às 11:40
Aécio participa de reunião com aliados em São Paulo
Aécio participa de reunião com aliados em São Paulo

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta segunda-feira (6) após encontro com aliados e membros do partido em São Paulo, que possui mais convergências do que divergências com Marina Silva (PSB), presidenciável derrotada na votação do primeiro turno, neste domingo (6).

Aécio disputará o segundo turno das eleições em 26 de outubro ao lado a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição. No domingo, ele obteve 33,55% dos votos válidos - enquanto Dilma obteve 41,59% - e venceu Marina (21,32%) para disputar na próxima etapa do pleito. Segundo o Blog do Camarotti informou nesta segunda, aliados de Marina defendem apoio ao tucano desde que ele se comprometa a assumir três compromissos programáticos de Marina.

Aécio foi questionado nesta segunda por jornalista sobre os pontos levantados pela campanha da ex-senadora. “Tenho absoluta convergência com esses pontos. Pelo que nós queremos e avaliamos, se você reparar, verá que temos mais convergências do que divergências. Levo com grande serenidade qualquer manifestação de apoio para o segundo turno”, disse.

De acordo com o blog, a campanha de Marina quer que Aécio garanta apoio à sustentabilidade, ao fim da reeleição e a manutenção de conquistas sócio-econômicas.

O candidato confirmou ter recebido ligação de Marina para cumprimentá-lo sobre o resultado do primeiro turno, mas afirmou que é preciso "dar tempo ao tempo" no que diz respeito a um eventual apoio da candidata derrotada para o segundo turno. “Temos que dar tempo ao tempo. Cabe à liderança saber o tempo para tomar essa decisão. Não cabe a mim avançar nesse tempo”, declarou.

O tucano disse, ainda, que seguirá em campanha com o sentimento de que possui "as melhores condições de fazer o Brasil encontrar um destino melhor". "A minha candidatura não é de um partido ou de uma aliança de partidos, é uma candidatura que carrega a possibilidade concreta do Brasil se reencontrar com o desenvolvimento, com a geração de emprego, com a saúde e segurança", declarou.

Reunião de campanha
Aécio amanheceu em São Paulo para se encontrar com apoiadores de sua campanha no estado. Ele se reuniu, entre outros membros do partido, com Geraldo Alckmin (PSDB), reeleito governador de São Paulo, e José Serra (PSDB), eleito senador pelo estado.

Após o encontro, Aécio disse ter ficado incomodado com as primeiras palavras de Dilma Rousseff após o fim do primeiro turno. "Me surpreendi, ao abrir os jornais de hoje, a candidata oficial falar dos fantasmas do passado. Na verdade, os brasileiros estão preocupados com os monstros do presente. Inflação alta, recessão e corrupção. Portanto, para enfrentar isso é que nós nos preparamos, estamos prontos para vencer a eleição. Dou aqui a largada", afirmou.

Ele disse esperar que a campanha no segundo turno seja limpa. "Quero convidar a Dilma Rousseff para fazermos uma campanha de alto nível, uma campanha propositiva, à altura do que esperam de nós os brasileiros."

O candidato tucano também voltou a pedir pelo fim da gestão petista no goveno federal e criticou o governo Dilma Rousseff. "Esse ciclo de governo do PT precisa ser encerrado. No lugar dele precisa ser implementado um novo projeto, das reformas, diferente da atual administração, cuja marca é o aparelhamento da máquina pública", disse.

O governador reeleito de São Paulo disse que a expressiva votação recebida "aumenta a responsabilidade do [PSDB]". "Iniciamos agora o segundo turno e dizer para o Aécio que sua palavra atingiu o coração dos paulistas. Eu costumo dizer que Aécio é o mais paulista dos mineiros", afirmou Alckmin.

José Serra disse que "São Paulo mostrou que tem uma visão de longo prazo". "Agora, não bastará levar o Aécio para a presidência, queremos mudar o Brasil e esse será o nosso segundo desafio. A nova tarefa começa hoje para a ampliação dos votos de Aécio em São Paulo", afirmou.

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