Walter Casagrande Júnior prepara para a próxima semana o lançamento de “Casagrande e seus demônios”. Na autobiografia, escrita em parceria com Gilvan Ribeiro, ele conta a dificuldade vivida por sua dependência química e momentos importantes de sua trajetória, como a amizade com Sócrates.
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“Casão faz questão de contar o inferno que viveu quando era viciado em drogas e sua internação, pois para ele é fundamental passar adiante a experiência, dividir as dores da dependência e alertar para os perigos de um vício frenético, sem preconceitos, desvios ou mentiras. A verdade ajuda a sanidade”, afirma o escritor Marcelo Rubens Paiva, que assina o prefácio.
No livro, apresentado por Antonio Prata, o ex-jogador conta também que fez uso de doping, por meio de injeções musculares fornecidas por seu clube, quando atuava na Europa, onde defendeu Porto, Ascoli e Torino. “Cansaço? Esquece. Se fosse preciso, dava para jogar três partidas seguidas”, conta o artilheiro, que disse ter se manifestado contra a atitude e se negado a manter o uso da substância proibida.
“Casagrande e seus demônios”, porém, não se resume às drogas. Rock, política, mulheres e Corinthians são alguns dos assuntos retratados na publicação, que separa um capítulo especial para Sócrates. Parceiro de Casão na Democracia Corinthiana, o Doutor chegou a se afastar do amigo antes de se reconciliar com ele, pouco antes de morrer, em 2011.
“Ainda bem que nos reaproximamos no final da vida dele. Caso contrário, a dor seria insuportável”, diz o ex-centroavante, criticado por Sócrates por aceitar trabalhar na TV Globo, em um dos trechos do livro, editado pela Globo Livros, que acaba de chegar ao mercado.
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