Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, publicou um carta aberta contra o casamento homossexual.
A carta foi publicada em 2010, quando ele ainda era arcebispo de Buenos Aires.
Na publicação, ele deixa claro que condena a prática homossexual, bem como a legalização do casamento gay. (
Leia aqui)
Reinaldo Azevedo, colunista da Veja online, escreveu um artigo intitulado 'O papa e o pastor. Jornalismo ou linchamento?'
No texto, Azevedo mostra a explícita perseguição aos evangélicos e suas declarações. O especialista em análises políticas escreve lembrando as declarações do Papa Francisco sobre os homossexuais e frisando duvidar que algum jornalista vá se pronunciar e acusá-lo de homofobia, por exemplo, assim como estão fazendo com o pastor Marco Feliciano.
As acusações sobre racismo contra o pastor também são citadas junto com críticas à imprensa.
Confira o artigo de Reinaldo Azevedo:
Eu não vou parar de tratar de determinados temas, não! Também não deixarei que prospere em silêncio o linchamento desse ou daquele, concorde eu com eles ou não. Ontem, numa TV a cabo — não sou mais específico porque não quero fulanizar; não por enquanto; vai depender da campanha —, um repórter, referindo-se ao tumulto promovido por militantes na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, afirmou sobre o deputado Marco Feliciano (PSC-SP): “ [ele) fez declarações contra negros e homossexuais”.
A reportagem foi repetida umas 200 vezes. Lamento! Isso é mentira! Dito desse modo, é mentira. Pergunto: é licito mentir sobre uma pessoa de quem discordamos? É lícito ser genérico, impreciso, em tom condenatório, contra uma pessoa com a qual não concordamos?
O pastor é contra o casamento gay. Eu, por exemplo, sou a favor. O papa também é contra. O repórter passará agora a se referir a Francisco como aquele que faz “declarações contra gays”? Ser contra o casamento gay — isto é, igualar os estatutos das uniões — é ser contra gays? Não é! É só uma opinião. Casamento não é um direito divino ou um direito natural. É um acordo social. Assim como sou a favor, há os que são contra. Com todo o direito de sê-lo.
Já as declarações “contra os negros”… Vamos fazer jornalismo ou linchar pessoas? O pastor em questão é negro — segundo os critério das própria militância. Duvido que algum juiz nestepaiz vá tomar por racismo aquela sua tolice sobre o descendente de Noé. Já expliquei o caso aqui.
Acontece que uma mesma cadeia de difamação pode atingir o papa ou o pastor. E com a mesma pauta militante. Com a mesma imprecisão.
Jornalismo ou linchamento? Jornalismo ou adesão a causas, sem dar ao outro o direito de defesa?