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Assembleia da ONU começa nesta quarta com foco no Estado Islâmico

Conflitos internacionais devem dar o tom da Assembleia Geral. Dilma será a primeira chefe de estado a discursar.

Fonte: Globo.comAtualizado: quarta-feira, 24 de setembro de 2014 às 11:26
Assembleia Geral deve reunir 140 chefes de estado e de governo na sede da ONU, em Nova York
Assembleia Geral deve reunir 140 chefes de estado e de governo na sede da ONU, em Nova York

A reunião de líderes mundiais na Assembleia Geral da ONU, a partir das 10h (de Brasília) nesta quarta-feira (24), em Nova York, tem como tema a luta contra a pobreza e a fome, e a melhoria na vida de todas pessoas através do crescimento econômico. Mas a urgência dos conflitos internacionais, em especial a coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o grupo radical jihadista Estado Islâmico que atua na Síria e no Iraque, além da crise do ebola na África, devem dar o tom dos discursos de mais de 140 chefes de Estado e de governo.

Debates sobre os conflitos internacionais como a coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque e o alerta pela expansão do ebola na África Ocidental, são esperados na reunião dos líderes mundiais.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já avisou que aproveitará a Assembleia Geral para fazer um apelo mundial de ampliação da coalizão internacional contra o Estado Islâmico.

De acordo com Obama, mais de 40 países apresentaram propostas de participação em uma "ampla campanha" contra os jihadistas, com missões aéreas de combate, treinamento, equipamento e ajuda humanitária. "Nas Nações Unidas, continuarei unindo o mundo contra esta ameaça", afirmou Obama.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, vai abrir a assembleia. Ele disse nesta terça-feira (23) que o mundo está enfrentando múltiplas crises e que a resposta para esses conflitos gerou fortes divisões na comunidade internacional. Por isso, antecipou que pedirá aos líderes mundiais respeito aos princípios da Carta da ONU.

Em seguida será a vez da presidente do Brasil, Dilma Rousseff. O Brasil abre o debate, como ocorre tradicionalmente desde a Assembleia Geral de 1995. Há expectativa de que a presidente apresente à ONU o que o Brasil fez nos últimos anos para erradicar a fome. Além disso, a presidente pode reforçar a defesa pela segurança na internet e enaltecer a criação do Banco de Desenvolvimento do Brics – agrupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A estagnação da economia mundial preocupa, pois acrescenta incerteza, assim como muitos outros conflitos nacionais com projeção internacional.

O presidente da 69ª Assembleia, eleito em junho deste ano, é Sam Kahamba Kutesa, ministro dos Negócios Estrangeiros de Uganda. Kutesa definiu que o tema desta sessão será “Concretizar e implementar uma agenda transformativa para o desenvolvimento pós-2015”.

Os países emergentes, entre eles os latino-americanos, insistirão na reforma da ONU e, concretamente, do Conselho de Segurança, para distribuir melhor as parcelas de poder, ainda nas mãos dos mesmos cinco países desde o final da Segunda Guerra Mundial: Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China.

Segundo a agência Efe, não comparecerão à ONU os presidentes de Rússia, China e Índia, nem a chanceler alemã, Angela Merkel.

O presidente da Autoridade Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, falará na ONU na próxima sexta-feira (26) para pedir apoio para sua iniciativa de estabelecer uma data fixa para a retirada israelense da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, no prazo máximo de três anos.

A resposta de Israel poderá acontecer na mesma tribuna na próxima segunda-feira, durante a intervenção do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu.

Em paralelo aos discursos no plenário da ONU, que se prolongarão até a terça-feira (30), acontecerão outras reuniões para tratar de temas específicos, além de centenas de encontros bilaterais entre os chefes de Estado e de governo.

Em frente ao edifício da ONU, no centro de Manhattan, são esperados vários protestos durante toda a semana contra alguns líderes participantes, mas que eles não poderão ver, nem ouvir, devido às enormes medidas de segurança que cercam a sede da organização internacional, protegida por cercas metálicas nas ruas adjacentes e centenas de policiais.

 

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