Os presidentes Lula e Fernando Lugo, que formularam medidas de combate ao narcotráfico na fronteira entre Brasil e Paraguai
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o paraguaio Fernando Lugo resolveram aplicar medidas conjuntas para combater a violência do narcotráfico, em um encontro realizado nesta segunda-feira (3) na fronteira, onde as cidades de Ponta Porã (Brasil) e Pedro Juan Caballero (Paraguai) são separadas apenas por uma avenida.
A presença do senador governista paraguaio Robert Acevedo - sobrevivente de um atentado promovido por traficantes há oito dias a alguns metros do local onde estavam os chefes de Estado nesta segunda-feira - deu um ar emotivo ao encontro.
Os presidentes instalaram uma placa em memória dessa reunião na avenida que serve de divisão entre os dois países. Posteriormente, eles se dirigiram à sede do 11° Batalhão de Cavalaria de Ponta Porã para discutir acordos contra a violência e outros assuntos pendentes sobre a hidrelétrica binacional Itaipu.
Lula disse que ambos os países deverão encarar um combate frontal contra os traficantes.
''Os traficantes se meteram com os governos de Brasil e Paraguai. Agora vamos enfrentá-los''.
O senador Acevedo admitiu que sua vida continua em perigo por conta das denúncias que fez.
''Preciso que o governo me proteja, a mim e a minha família, para continuar vivo''.
Lula, por sua vez, disse que brasileiros e paraguaios não vão amolecer contra os traficantes.
''Nem usando a violência contra um senador ou matando seus guarda-costas ou proferindo ameaças eles vão conseguir intimidar os governos de Brasil e Paraguai''.
No atentado contra o senador paraguaio, dois guarda-costas do parlamentar morreram.
Acevedo afirmou que o narcotráfico movimenta em torno de R$ 86,5 milhões (US$ 50 milhões) por ano, apenas na fronteira entre Brasil e Paraguai. E fez referência à cidade mexicana dominada pela violência dos traficantes de drogas.
''Se não determos [o tráfico] agora, essa região vai se tornar uma Ciudad Juárez em pouco tempo''.
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