Após operação Lava Jato, Doleira é condenada a 18 anos de prisão

Sentença foi divulgada nesta quarta (22) pela Justiça Federal do Paraná. Além de Nelma Kodama, também foram condenados outros sete réus.

Fonte: Globo.comAtualizado: quarta-feira, 22 de outubro de 2014 às 17:24

A doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama, acusada de atuar em parceira com Alberto Youssef no esquema de lavagem de dinheiro que movimentou mais de R$ 10 bilhões, foi condenada pela prática de 91 crimes de evasão de divisas, que atingiram o montante de US$ 5.271.649,42 entre maio e novembro de 2013. Ela também foi condenada por outras ilegalidades como crimes contra o sistema financeiro no mercado de câmbio negro e corrupção ativa, além de crime de pertinência à organização criminosa. Ao todo, a pena foi de 18 anos de prisão em regime inicialmente fechado. Esta é a segunda sentença de ações originadas a partir da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). Também foram condenados outros sete réus. A sentença foi divulgada nesta quarta-feira (22) pela Justiça Federal do Paraná. Cabe recurso. O G1 tenta localizar os advogados de defesa da doleira.

Nelma está presa na Casa de Custódia de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi presa no Aeroporto Internacional de Guarulhos durante a Operação Lava Jato em março deste ano. Conforme o Ministério Público Federal (MPF), a doleira tentou fugir – com 200 mil euros escondidos na calcinhanha – para a Itália ao saber que estaria sendo investigada pela Polícia Federal.

De acordo com a Justiça, Nelma era líder de um grupo criminoso. "Os crimes envolveram sofisticada engenharia financeira, com abertura de empresa de fachada no Brasil e em nome de pessoa interposta e com a abertura e utilização de contas em nome de off-shores no exterior, estas também postas em nome de terceiros. O emprego de esquemas sofisticados de evasão, não inerentes aos crimes, e acessíveis apenas a criminosos de grande sofisticação merece especial reprovação, devendo ser valoradas negativamente as circunstâncias dos crimes", diz trecho da sentença assinada pelo juiz federal Sérgio Moro. Na decisão, Moro considerou como atenuante o fato de Nelma Kodama ter socorrido um agente carcerário que sofreu um ataque cardíaco.

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