Em Goiás, bebê espera há 4 meses cirurgia para não perder a visão

Menino de 1 ano e 5 meses tem glaucoma e precisa ser operado, em Goiás. Procedimento custa R$ 10 mil na rede particular e pais não têm condição.

Fonte: Globo.comAtualizado: quarta-feira, 24 de setembro de 2014 às 13:16
Daniel, de 1 ano e 5 meses, luta há quatro meses por cirurgia nos olhos
Daniel, de 1 ano e 5 meses, luta há quatro meses por cirurgia nos olhos

A família do bebê Daniel Lemes Carvalho, de 1 ano e 5 meses, luta há quatro meses para que ele passe por um procedimento cirúrgico na rede pública de saúde em Rio Verde, no sudoeste goiano. Diagnosticado com glaucoma congênito, o menino precisa ser operado urgentemente para que não fique cego, segundo o pai, Luis César Carvalho Oliveira.

Os pais procuraram a Secretaria Municipal de Saúde para que o filho fosse operado e Daniel chegou a fazer exames pré-cirúrgicos, mas a cirurgia não foi marcada. “Eles falam que eu tenho que aguardar uma ligação de Goiânia, até hoje esperando e nada. Eu não tenho condição de pagar R$ 10 mil [na rede particular]”, lamenta o pai.

A Secretaria de Saúde de Rio Verde informou que o caso de Daniel foi encaminhado para Goiânia, pois no município não há especialista apto a fazer a cirurgia que o menino precisa.

Já a Secretaria de Saúde de Goiânia, responsável pela Central de Regulação de Vagas, informou que ainda não recebeu o pedido do órgão de Rio Verde e que aguarda o documento para liberar a cirurgia.

O glaucoma congênito é uma doença rara que aparece em recém-nascidos e crianças. Provoca uma lesão no nervo óptico. O paciente apresenta lacrimejamento, dificuldade em tolerar a claridade, perda do brilho da região da íris, que passa a ter uma coloração mais azulada e opaca com aumento do volume do globo ocular.

Medo
Com a visão comprometida, a criança fica a maior parte do tempo no colo da mãe, pois tem dificuldades para realizar ações simples, como comer ou brincar. "Ele cai, machuca e não quer mais andar, tem dia que fico com ele praticamente o dia todo no braço porque ele não quer ir para o chão", conta a mãe, a dona de casa Shawanda Lemes Pereira.

Daniel só enxerga se colocar o objeto bem próximo aos seus olhos. "Só a gente que é mãe, que está passando por isso, sabe como é dolorido. Às vezes ele está do meu lado, eu estou conversando com ele e ele fica chorando, falo: ‘Daniel, mamãe esta aqui’. Mas ele continua chorando porque ele não consegue me ver direito", relata a dona de casa.

 

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições