Nível do Sistema Cantareira sobe de 13,7% para 14%

Precipitação favoreceu todos os sistemas que abastecem a Grande SP. Chuva em março no Cantareira já é 73,8% do esperado para o mês.

Fonte: globo.comAtualizado: sexta-feira, 13 de março de 2015 às 11:47
Cantareira sobe
Cantareira sobe

O Sistema Cantareira, que abastece 5,6 milhões de pessoas na Grande São Paulo, alcançou nesta quinta-feira (12) 14% da sua capacidade, segudo boletim divulgado pela Sabesp. O nível é 0,3% maior do que o verificado na quarta-feira (11), quando as represas operavam com 13,7%.

A situação, porém, ainda é crítica, e as represas recuperaram apenas a segunda cota do volume morto.
A chuva que caiu sobre as represas nas últimas horas favoreceu o aumento. Foram 4 mm, o que colaborou para que a marca do mês já esteja em 131,5 mm, o equivalente a 73,8% dos 178 mm esperados para março.

Ainda segundo a Sabesp, todos os seis sistemas que abastecem a Grande São Paulo tiveram aumento de nível nesta quinta.
Trata-se da sexta alta seguida no Cantareira, após um mês que começou seco e com o sistema em estabilidade. Apesar disso, a seca no Cantareira faz o sistema perder hoje para o Guarapiranga em vazão e em número de pessoas abastecidas.

O Cantareira teve um corte de 56% na vazão em relação a fevereiro de 2014. A quantidade de água fornecida passou de 31,77 mil litros por segundo para 14,03. Já o Guarapiranga aumentou a vazão de 13,77 mil litros por segundo para 14,9.
Antes da crise, o Cantareira abastecia 8,8 milhões de pessoas, mas hoje produz água para 5,6 milhões de clientes na Grande São Paulo. O sistema conseguiu recuperar apenas uma quantidade de água equivalente à segunda cota do volume morto.

Fevereiro

O sistema Cantareira teve seu fevereiro mais chuvoso em 20 anos, com precipitação 61,9% acima da média histórica para o período, segundo a Sabesp. O conjunto de represas subiu 5,1 pontos percentuais e fechou o mês em 11,4%, melhor desempenho do sistema desde o começo da crise, em janeiro de 2014.

Segundo a Sabesp, choveu 322,4 mm sobre o Cantareira. A última vez que houve tanta precipitação foi em fevereiro de 1995, quando choveu 388 mm.

Até sexta (27), quando o nível ficou estável, com 11,4%, as represas vinham em uma sequência de 21 dias seguidos de alta no volume, que não caiu nenhuma vez em fevereiro.

Apesar disso, o conjunto de represas do Cantareira, que abastece 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo, conseguiu recuperar apenas o 2º volume morto neste mês de fevereiro. A reserva técnica foi adicionada em outubro e elevou o nível em 10,7 pontos percentuais, ou 105,4 bilhões de litros.

A elevação, porém, deu-se graças a uma operação de contingência, com menor retirada de água do sistema e redução da pressão na rede em São Paulo. Na prática, a a medida tem deixado parte da população sem água em determinados períodos.

 

 

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