Sabesp faz novo cálculo de nível do Cantareira após pedido do MP

Companhia divulgará novo gráfico, considerando 2 cotas do volume morto. Até então, conta da empresa só usava como base o volume útil do sistema.

Fonte: globo.comAtualizado: terça-feira, 17 de março de 2015 às 19:35
Nível do sistema Cantareira
Nível do sistema Cantareira

A Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) passou a divulgar nesta terça-feira (17) duas formas de medição do nível de água armazenado no Sistema Cantareira. A publicação do novo gráfico foi feita após recomendação do Ministério Público (MP), que pediu mais detalhes da situação do manancial com o uso de duas cotas do volume morto desde 2014.

Até então, a Sabesp não inseria no cálculo a quantidade de litros acrescentada pelas reservas técnicas (182,5 bilhões de litros do volume morto I e 105 bilhões de litros do volume morto II) autorizadas pela Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica (DAEE).

A conta para chegar ao índice do nível do reservatório só considerava o volume útil do sistema, que é de 982 bilhões de litros. Nesta terça-feira, por exemplo, o índice oficial é de 15,3% (150,6 bilhões de litros dividido por 982 bilhões de litros).

Para dar "mais transparência às informações", segundo nota oficial, a Sabesp apresentará também um gráfico considerando o volume útil e o volume morto,  especificando o volume total do sistema para cada situação. Nesta terça-feira, portanto, com o novo cálculo, o índice é de 11,9% (150,6 bilhões de litros divididos por 1,3 trilhão de litros).

A companhia informou, por meio da assessoria de imprensa, que apesar da divulgação de dois gráficos, o índice oficial para série histórica será o mesmo de antes e que o volume de água disponível para a população não sofreu alteração. As duas formas de medição podem ser encontradas na página na internet da Sabesp.

Queda no nº de clientes
Antes da crise, o Cantareira abastecia 8,8 milhões de pessoas, mas hoje produz água para 5,6 milhões de clientes na Grande São Paulo. O sistema conseguiu recuperar apenas uma quantidade de água equivalente a segunda cota do volume morto.

O sistema teve um corte de 56% na vazão em relação a fevereiro de 2014. A quantidade de água fornecida passou de 31,77 mil litros por segundo para 14,03 mil litros/segundo. Já o Guarapiranga aumentou a vazão de 13,77 mil litros por segundo para 14,9 litros/segundo, e se tornou o maior reservatório de São Paulo.

 

 

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