Sistema Cantareira tem maior sequência de altas em 658 dias

Reservatórios já ganharam 1,9 ponto percentual desde o dia 3 de fevereiro. Última elevação semelhante tinha sido registrada em abril de 2013

Fonte: Globo.comAtualizado: sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015 às 14:07
Cantareira
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As represas que abastecem 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo já subiram 1,9 ponto percentual com as altas que ocorrem desde o dia 3 de fevereiro. A elevação começou 658 dias após a última série com aumento de nível desse porte, em abril de 2013, segundo tabulação dos dados divulgados pela Sabesp feita pelo G1.

Daquela vez, o nível subiu 2,0 pontos percentuais entre os dias 4 e 17 de abril. Chuvas daquele porte ainda não chamavam a atenção, já que o sistema operava 63,9% da sua capacidade. Nesta sexta-feira (13), o nível de armazenamento é de apenas 6,9%, já contando duas cotas do volume morto.

A expectativa é que a atual elevação de fevereiro possa superar a de 2013. Isso porque a chuva registrada no Sistema Cantareira no mês já é de 145,9 mm, 73% do esperado, e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) prevê mais 140 mm para os próximos seis dias.

A chuva registrada inclusive já supera a de abril de 2013, que foi de 65,4 mm e ficou concentrada naquela primeira quinzena do mês.

Depois daquele mês, a cidade passou por vários meses sem nenhuma elevação de nível. Entre eles, meses em que se espera que os reservatórios encham, casos de dezembro de 2013, janeiro e fevereiro de 2014 e janeiro de 2015.

Em março do ano passado, o sistema subiu 0,6 ponto percentual somando quatro altas espalhadas durante o mês, que não conseguiram impedir que o nível das represas continuassem caindo.

Crise continua
A elevação registrada em fevereiro é uma boa notícia tendo que a precipitação foi bem abaixo da esperada em 2014, mas ainda não pode ser considerada o fim da crise hídrica. Essa elevação de 1,9 ponto percentual representa apenas 18,7 bilhões de litros, ou seja, 6,5% das duas cotas de volume morto já adicionadas ao sistema.

O Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) em São José dos Campos (SP), divulgou relatório no início de fevereiro mostrando que o sistema poderia secar em junho considerando a média de chuva dos últimos meses. O relatório traz cinco cenários e, no pior deles, com previsão de chuva 50% abaixo da média, não haveria mais água no meio do ano.

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