Segundo site, Robin Willians ficou 'devastado' com cancelamento de sua série

Fonte: Globo.comAtualizado: segunda-feira, 18 de agosto de 2014 às 14:04

O ator Robin Williams, que cometeu suicídio na segunda-feira (11), ficou "devastado" com o cancelamento de sua série de TV, revelaram fontes próximas do ator ao site TMZ. De acordo com as fontes, Robin Williams viu o cancelamento como um "fracasso pessoal".
"The crazy ones" foi ao ar na CBS entre setembro de 2013 e abril de 2014. Antes da estreia da série, o ator teria ressaltado a pressão que sentia. "Está tudo em minhas costas", teria dito ele, segundo o TMZ.

Mal de Parkinson
Robin Williams estava sóbrio ao morrer e tinha sintomas do início de Parkinson, afirmou sua viúva Susan Schneider em comunicado. "Ele foi corajoso ao lutar contra a depressão, a ansiedade e os estágios iniciais da doença de Parkinson, que ainda não estava pronto para falar em público", declarou. "É nossa esperança que, através do trágico falecimento de Robin, outras pessoas achem força para procurar por ajuda e apoio de que precisam para tratar seja quais forem as batalhes que estejam enfrentando para que possam sentir menos medo", acrescentou Schneider.

O departamento de polícia de Marin County, na Califórnia, confirmou nesta quarta que Robin Williams se suicidou e exames preliminares mostram que ele morreu por asfixia sem sinais de luta. Segundo o tenente Keith Boid, assistente-chefe dos legistas, o ator se enforcou, com um cinto no pescoço, e tinha cortes superficiais nas partes internas do pulso esquerdo.
"Sua assistente o encontrou inconsciente, vestido, numa posição sentada e levemente suspenso do chão, com um cinto em volta do pescoço preso à porta de um dos cômodos da casa. Ele já estava morto nesse momento", disse o tenente, em entrevista coletiva. Exames toxicológicos serão realizados e o resultado divulgado entre duas e seis semanas. O corpo de Robin Williams já foi liberado pela polícia para a família, mas informações sobre o funeral ainda não foram divulgadas.

Luta contra a depressão
De acordo com a agente do ator, Mara Buxbaum, seu cliente estava lutando contra uma depressão severa. Ele já havia sido internado várias vezes em clínicas de reabilitação, por problemas com drogas, sendo a última vez em julho passado.
"Esta é uma perda trágica e repentina. A família respeitosamente pede privacidade para este período muito difícil", afirmou Mara. A esposa de Williams também divulgou um comunicado. "Perdi meu marido e meu melhor amigo, e o mundo perdeu um de seus mais queridos artistas e belos seres humanos. Eu estou totalmente inconsolável", disse.
"Em nome da família de Robin, pedimos privacidade durante esse período de profunda tristeza. Nossa esperança é que o foco não seja a morte de Robin, mas os inúmeros momentos de alegria e riso que ele deu a milhões de pessoas." Ele deixa três filhos, Zachary, Zelda e Cody.

Trajetória
Robin McLaurin Williams começou sua carreira em 1977, atuando na TV. Já demonstrando seu talento para a comédia, participou de diversos episódios do "The Richard Pryor show". Depois de ficar conhecido como o personagem Monk na série "Happy days", conquistou o sucesso também no cinema já com seu primeiro papel. Em 1980, interpretou o marinheiro Popeye, em filme de mesmo nome.

Além do destaque como comediante, Williams tem no currículo filmes que comoveram grandes plateias, como "Bom dia, Vitenã” (1987), "Sociedade dos poetas mortos" (1989), "Tempo de despertar" (1990), "O pescador de ilusões” (1991) e "Gênio Indomável" (1997), que lhe rendeu seu único Oscar.

Conhecido por privilegiar em suas escolhas comédias familiares, seu papel mais conhecido é, para muita gente ainda hoje, o de Sra. Doubtfire em "Uma babá quase perfeita" (1993). No filme, ele interpreta um ator irresponsável, proibido de ver os filhos, que se disfarça como uma babá idosa para se aproximar das crianças.

Outros sucessos junto ao público infantil foram "Jumanji" (1995) e "Flubber – Uma invenção desmiolada" (1997), e ainda filmes nos quais não apareceu em cena, mas emprestou a voz a personagens, como o Fender de "Robôs" (2005) e Ramon de "Happy feet" (2006).

Neste ano, o ator participou das filmagens de "Uma noite no museu 3", repetindo pela terceira vez o papel de Teddy Roosevelt. Também já havia anunciado que integraria o elenco de uma sequência de "Uma babá quase perfeita", mais de 20 anos após o primeiro filme.

Além de uma estatueta e quatro indicações ao Oscar, Williams acumulou outros prêmios importantes em sua carreira, como Globos de Ouro pelo musical "Mork & Mindy", em 1978; e pelos filmes "Bom dia, Vietnã", "O pescador de ilusões", "Aladdin" e "Uma babá quase perfeita". Teve ainda indicações ao Emmy e ao Bafta, entre outros. Em 2002, o ator se apresentou como comediante em shows de stand-up e chegou a fazer um espetáculo na Broadway, que foi transformado no DVD "Robin Williams: Live on Broadway".

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