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As 17 animações produzidas por Walt Disney

As 17 animações produzidas por Walt Disney

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:03
A estreia Walt nos Bastidores de Mary Poppins revela como Walt Disney produziu este grande sucesso do cinema. Mas você sabe como o produtor conseguiu criar clássicos da animação, como Branca de Neve e os Sete Anões, Cinderela e A Bela Adormecida? Confira a seguir 17 filmes de animação produzidos pelo próprio Walt Disney, e descubra um pouco mais sobre como foram feitos.
 
Branca de Neve
 
Branca de Neve e os Sete Anões (1937)
Walt Disney precisou batalhar muito para conseguir fazer seu primeiro longa-metragem de animação, Branca de Neve e os Sete Anões. Todos achavam que o filme seria um fracasso, mas o produtor insistiu na empreitada e acabou conquistando o maior sucesso da história do cinema na época. Disney já era um pioneiro: ele lançou o primeiro álbum de trilha sonora em todos os tempos, e fechou um contrato exclusivo com Adriana Caselotti para impedi-la de cantar em qualquer outro filme, na intenção de tornar a voz de Branca de Neve única.
 
Pinóquio (1940)
Com o grande sucesso de Branca de Neve e os Sete Anões, Walt Disney conseguiu produzir um dos filmes mais caros da época: Pinóquio, que custou US$2,8 milhões de dólares. A bilheteria foi expressiva, mas com custos tão elevados, os estúdios tiveram uma arrecadação fraca. Mesmo assim o filme ficou conhecido como a primeira animação a vencer Oscars em categorias competitivas - melhor trilha sonora e melhor canção, por "When You Wish Upon a Star"), e um dos filmes com a maior quantidade de cores usadas para animar cada personagem. Pinóquio também traz o personagem preferido de Walt Disney, o gatinho Figaro.
 
Fantasia (1940)
O projeto de Fantasia era bastante ambicioso, combinando a música clássica de Bach, Tchaikovsky, Stravinsky e outros grandes compositores com os personagens famosos da Disney. Pela primeira vez, Walt Disney deu aos animadores a liberdade de usar as cores que queriam. O produtor também teve a ideia inusitada de relançar o filme todos os anos no cinema, cada vez com um episódio musical novo. Mas esse projeto nunca foi para frente, afinal, Fantasia foi um imenso fracasso nas bilheterias, e diversos cinemas se recusaram a exibi-lo.
 
Dumbo (1941)
Depois do fracasso de Fantasia, Walt Disney apostou em uma produção de baixíssimo orçamento: Dumbo, o filme mais barato do estúdio. O produtor decidiu fazer animações em aquarela e optou por um protagonista que não pronuncia uma palavra sequer (pela primeira vez no estúdio) para contar a história do pobre elefante, ridicularizado pelo tamanho de suas orelhas. O resultado foi um sucesso enorme, com arrecadação maior do que a de Fantasia e Pinóquio juntos. O produtor admitiu mais tarde que Dumbo é um de seus filmes preferidos dos estúdios Disney.
 
Bambi (1942)
Depois de ser salvo da falência com o sucesso de Dumbo, Walt Disney decidiu que era hora de produzir Bambi, projeto que existia desde 1933, mas que sempre era adiado por causa do perfeccionismo do produtor. Esta história de sobrevivência trata de temas difíceis, como a morte dos pais, algo que não agradou muito a crítica. No final, Bambi conquistou o público americano e foi indicado a 3 Oscar, mas com o mercado Europeu fechado por causa da Segunda Guerra Mundial, a história acabou dando prejuízo aos estúdios.
 
Alô, Amigos (1942)
Para melhorar as relações entre os Estados Unidos e a América do Sul durante a guerra, Walt Disney decidiu fazer dois filmes passados na América do Sul: Alô, Amigos e Você Já Foi à Bahia?. Alô, Amigos! traz quatro histórias diferentes com os personagens Pato Donald, Pateta e Zé Carioca, em sua primeira aparição num longa-metragem. O filme foi indicado a três prêmios no Oscar, por sua trilha sonora, canção original e som.
 
Você Já Foi à Bahia? (1944)
Você Já Foi à Bahia? continua a missão de Walt Disney para aproximar os países sul-americanos dos Estados Unidos durante a guerra. Nesta história, Pato Donald é levado ao Brasil por Zé Carioca, e ao México por Panchito. Esta foi a primeira tentativa de fazer um longa-metragem incluindo atores reais em diversas cenas, entre eles Aurora Miranda, irmã de Carmen Miranda. Curiosamente, a mistura entre animação e atores levou a uma recepção pouco entusiasmada pela crítica e pelo público.
 
Tempo de Melodia (1948)
Tempo de Melodia foi criado para ser um projeto leve, com poucos custos para o estúdio, enquanto Walt Disney se preparava para filmes mais ambiciosos, como Cinderela. A ideia era semelhante à de Fantasia (esquetes musicais com personagens da Disney), mas substituindo a música clássica por canções populares e folk. O filme cativou o público e conseguiu gerar lucros para o estúdio, mas foi ignorado pela crítica e tornou-se o primeiro filme da Disney desde Fantasia a não receber nenhuma indicação ao Oscar.
 
As Aventuras de Ichabod e Sr. Sapo (1949)
As Aventuras de Ichabod e Sr. Sapo, ou Dois Sujeitos Fabulosos, é composto por duas histórias diferentes, com pouca relação entre si, e que foram inclusive apresentadas separadamente nos Estados Unidos, antes de serem juntadas em um mesmo longa-metragem. Uma das tramas gira em torno de um sapo obcecado por um carro, e a outra mostra a paixão de Ichabod por Katrina. Novamente, Walt Disney teve dificuldades em concluir o filme por causa da guerra, quando alguns animadores foram convocados a defender o país.
 
Cinderela (1950)
Depois de uma série de produções pequenas e baratas, Cinderela marcou o retorno de Walt Disney aos filmes ambiciosos, levando vários anos para serem concluídos. Adaptado do conto de fadas de Charles Perrault, o filme surpreendeu e teve ótimos resultados, tanto no cinema quanto na venda das músicas, incluindo o hit "Bibbidi-Bobbidi-Boo". Desde Branca de Neve e os Sete Anões, os estúdios Disney não conquistavam um sucesso tão grande de público e crítica. Os lucros de Cinderela permitiram expandir o estúdio e começar o projeto do parque de diversão Disneyland.
 
Alice no País das Maravilhas (1951)
Walt Disney sempre sonhou em fazer um filme baseado no livro Alice no País das Maravilhas, e desde o sucesso de Branca de Neve e os Sete Anões, em 1937, o produtor já tinha adquirido os direitos da adaptação e registrado o título do filme. Somente após a guerra ele conseguiu fazer a sua versão, que transformava os aspectos sombrios do livro de Lewis Carroll em uma história mais alegre, para toda a família. Por causa dessas mudanças em relação à obra original, Alice no País das Maravilhas despertou comentários negativos, e fracassou nas bilheterias da época.
 
Peter Pan (1953)
Assim como Alice no País das Maravilhas, Peter Pan também era um projeto que Walt Disney pretendia levar ao cinema desde os anos 1930. Ele juntou a sua equipe de melhores animadores, que jamais tinham trabalhado no mesmo projeto, para construir todos os movimentos e detalhes dos personagens. O resultado foi o grande sucesso de público, apesar de algumas críticas negativas sobre a representação estereotipada dos índios. Peter Pan foi inclusive exibido no festival de Cannes em 1953.
 
A Dama e o Vagabundo (1955)
Depois de diversas adaptações literárias, A Dama e o Vagabundo trouxe um roteiro original, reunindo algumas histórias pessoais de Walt Disney e de seus animadores. A cadela Dama foi inspirada no animal de estimação de um de seus animadores, e a cena em que a personagem é encontrada dentro de uma caixa foi retirada de um próprio episódio da vida de Walt Disney. O produtor ficou muito feliz com o resultado, mas curiosamente queria retirar uma única cena: o famoso jantar com os dois cachorros comendo espagueti, que se tornou o momento mais famoso da história. A Dama e o Vagabundo conquistou um imenso sucesso, tornando-se a maior bilheteria dos estúdios Disney desde Branca de Neve e os Sete Anões.
 
A Bela Adormecida
A Bela Adormecida foi um dos filmes mais caros de todas as produções feitas por Walt Disney (cerca do dobro dos custos de A Dama e o Vagabundo), e levou quase dez anos para ser concluído. O produtor decidiu inovar nos enquadramentos, no uso de cor e no processo de animação, além de demorar um ano inteiro para gravar todas as vozes. O resultado de público foi considerável, mas com os custos altíssimos, A Bela Adormecida acabou dando prejuízo à Disney. Consequentemente, nenhum outro conto de fada foi produzido enquanto Disney estava vivo, e os estúdios esperaram até 1989 para se arriscar novamente no gênero, com A Pequena Sereia.
 
A Guerra dos Dálmatas
O fracasso de A Bela Adormecida levou Walt Disney a procurar algum projeto barato, que certamente daria lucros aos estúdios. A Guerra dos Dálmatas, ou simplesmente 101 Dálmatas, foi o filme escolhido. Para baratear a produção, Disney reduziu drasticamente a equipe e começou a usar a técnica das fotocópias. As imagens obtidas com este processo não agradavam o produtor, mas foram a única alternativa possível para concluir o filme. O resultado foi um imenso sucesso, levando o estúdio a relançar A Guerra dos Dálmatas quatro vezes nos cinemas.
 
A Espada Era a Lei (1963)
Baseado no livro de mesmo nome, A Espada Era a Lei foi o primeiro filme produzido por Walt Disney com um único diretor: o veretano Wolfgang Reitherman. A história era considerada difícil para a animação da época, por causa da magia e das transformações físicas da época. Mesmo assim, Disney aprovou pela primeira vez a "reciclagem" de cenas (ou seja, alguns momentos são usados mais de uma vez na história", que contribuíram para baratear o resultado final. A Espada Era a Lei tornou-se o sexto maior sucesso dos cinemas em 1963.
 
Mogli - O Menino Lobo (1967)
Consciente de que as animações com animais tinham representado os maiores sucessos do estúdio, Walt Disney decidiu adaptar o livro de Rudyard Kipling para criar Mogli - O Menino Lobo. No entanto, ele já estava cansado das críticas sobre a fidelidade nas adaptações literárias, e decidiu abandonar vários trechos da trama original, pedindo inclusive aos animadores para não lerem o livro. A ideia era retirar qualquer traço sombrio do roteiro e criar uma história divertida e colorida para toda a família. O sucesso de Mogli - O Menino Lobo foi um dos maiores do estúdio. Mas Walt Disney nunca viu o resultado final: ele morreu em 1966, vítima de um câncer de pulmão.
 

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