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'Namoro ou liberdade' debate o óbvio

O filme chove no molhado ao tentar ser didático ou insinuar que nem todo homem é igual ou um dia se tornará o príncipe encantado dos seus sonhos

Fonte: Eu Escolhi EsperarAtualizado: segunda-feira, 16 de junho de 2014 às 14:02

Namoro ou LiberdadeQuando o amigo Mikey (Michael B. Jordan) passa por um momento complicado no seu casamento, Jason (Zac Efron) e Daniel ( Milles Teller) resolvem fazer um pacto banal: não assumirão nenhum tipo de relacionamento sério, apenas curtirão as oportunidades que surgirem.

A produção de “Namoro Ou Liberdade” (Dir. Tom Gormican, 2014) traz diálogos dinâmicos que em um primeiro momento parece não seguir o modelo das comédias românticas produzidas nos EUA, que se estabelece mais ou menos da seguinte forma:

- O encontro, o descobrimento e vislumbramento;

- A crise, as tensões e os desvios;

- E por fim, o momento mais agudo da tensão até sua resolução previsível.

Em “Namoro ou Liberdade” nenhum dos três protagonistas parecem se sentir confortáveis no papel de homens que trabalham, possuem independência financeira, mas que são imaturos sentimentalmente. Tirando Teller que tenta “roubar” o papel principal de Efron, nas piadas, nas caretas e nos diálogos, Jordan e Efron estão como patinhos fora da lagoa, fazendo tudo à toque de caixa, esperando acabar as filmagens.

No elenco feminino, nenhuma surpresa: Ellie (Imogen Potts), Chelsea (Mackenzie Davis) e Vera (Jessica Lucas) estão apenas completando o elenco sem que surpreendam em nenhum quesito, apenas formando os pares.

O tema do filme é apenas um: provar que um homem é capaz de ser totalmente responsável, inclusive com seus relacionamentos, sem que seja necessário recorrer a seus instintos animais para se satisfazer. Ok.

O enredo então deveria ser menos primário, respeitando a inteligência da audiência e nos poupando de histórias estranhas como a de Mikey que vê Vera se envolver com o advogado, para, sem qualquer explicação razoável, tornar a querer se envolver com o marido. Uma pataquada que quase esbarra na falta de coerência de continuidade, uma vez que o final (aí sim) vai revelar uma personagem que apareceu por volta de 3 minutos no início do filme.

Daniel é aquele que consegue seus intentos quase que “agenciado” pela sua amiga Chelsea e assim constrói (e também destrói) seus namoros, até que descobre que a solução dos seus “problemas” está ao seu lado... Sei...

... E Jason é o “bonzão da parada”, aquele que todas as mulheres suspiram por ele e que, lá pelas tantas, resolve apenas se apegar a uma mulher; a liberal Ellie, uma jornalista que vai para cama no primeiro encontro com a personagem de Zac Efron.

Como filme, “That Awkaward Moment” (título original) traz pouquíssimos momentos divertidos e ainda chove no molhado ao tentar ser didático ou insinuar que nem todo homem é igual ou um dia, se tornará o príncipe encantado dos seus sonhos.


- Daniel Junior

 

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