Mudei tudo em tua vida, menos teus amigos...

Ali estava Jesus e um paralítico que não foi esquecido pelos irmãos, pelos camaradas

Fonte: guiame.com.brAtualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:01
amizade
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amizadeNum canto da casa.

Longe dos congressos, encontros e eventos.

Incapaz de contribuir com seus recursos financeiros, ou de frequentar as conferências que anseiam por bancos lotados, ele apenas existe.

Não adquire o livro do palestrante e não consome os CDs do grupo conhecido.

Pouco sabe sobre as novidades teológicas e não pode ir nos cultos de libertação. Nada disso é possível.

Está em casa, como já comentei.

Iluminado por uma pequena lamparina que ainda guarda com muito carinho, presente do pai que já se foi.

Sem nada para oferecer a uma igreja, vive esperando qual será o seu ultimo dia. Imagina que estará sozinho. Nem membro pode ser, foi excluído por ausência.

Um ruído interrompe seus devaneios tristes. Barulho de conversas.

Deve ser mais algum estrangeiro que, vendo-o assim, não buscará mais ajuda neste lugar.

No entanto, grande foi a surpresa quando a porta foi aberta.

Os rostos eram familiares.

Era a igreja. Amigos. Irmãos.

Entraram cantando hinos e distribuindo sorrisos.

Crianças, jovens, adultos e idosos.

Parecia uma festa.

Agacharam-se e, um a um, abraçavam o homem de corpo inerte. E, mesmo paralisado, ele agitava a face com sorrisos de imensa felicidade. Aquilo era um sonho. Foi lembrado.

Depois de alguns cumprimentos e muito papo, alguém contou o plano.

Decidiram levá-lo até Cristo. O ergueriam em sua maca e, carregando-o com o amor de companheiros de vida, entrariam na presença de Jesus.

Foi tudo uma loucura. Aquela bagunça. Mas tudo tão bonito.

Os olhos do moço não escondiam a emoção. Aceitou o carinho e se entregou a esta esperança.

A pequena jornada foi abençoada, mas tensa. O medo e o sonho brigavam nos mesmos pensamentos. Será que tudo pode mudar? Será que posso ser curado?

A música não parava. O caminho foi percorrido com canções e expectativas.

Mas, num certo momento, o temor cresceu no peito cansado de acreditar. Havia uma multidão ali. Aflitos procuravam, mas nem sem sequer um pequeno espaço livre perto da janela puderam encontrar.

Os rumores de que alguns já foram restaurados lá dentro ecoava com força, no entanto, como chegariam lá?

Vamos dar meia a volta e retornar aos dias cinzas. As cores são inalcançáveis pra mim. - (Lamentava-se, deitado na maca)

Mas não era o fim.

Ainda podiam abrir uma estrada. Um rumo. De cima para baixo.

Escalaram e logo estavam no teto.

O jeito foi abrir um buraco nele. Sim, um buraco. Não poderiam ir todos juntos, mas juntos, poderiam ajudá-lo a ir.

Desceram-no com cordas.

Conseguiram!

Ali estava Jesus e um paralítico que não foi esquecido pelos irmãos, pelos camaradas.

E o filho de Deus, observando aquela cena incrível. Acompanhando a compaixão unindo histórias. A amizade aproximando destinos. A fé gerando atitude. Vendo tudo isto, sorriu e disse:

- Perdoo teus pecados. Curo teu coração. Te faço levantar. Te dou nova vida! Vá ao encontro de novos tempos.


E enquanto ele se afasta, Jesus o chamou!


- Só um instante! -Acrescentou o Mestre!

Mudei tudo em tua vida, menos teus amigos. Estes devem continuar os mesmos.

 

- Thiago Grulha

 

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