Constantemente deparamos com pessoas desanimadas e desiludidas em formar novas famílias. Homens e mulheres estão cada vez mais decididos a celebrar algum tipo de relacionamento "conjugal" que não demande tantas responsabilidades extras sobre cada um. Especialmente no tocante a filhos. Isso porque a cada dia se torna mais desafiador o papel do pai e da mãe dentro da família. Devido o jugo opressor que o mundo tem trazido sobre as famílias, sobretudo as cristãs. Apesar disso, sabemos que é "bem-aventurado aquele... cuja esperança está no Senhor, seu Deus." (Sl. 146.5)
Alguém que leia a Bíblia com o desejo de conhecer verdadeiramente a Deus e seus propósitos, verá claramente que o Senhor ama e valoriza a família. Seja ela grande ou pequena; rica ou pobre; preta ou branca; culta ou inculta; ela será sempre alvo dos grandes investimentos de Deus. Haja vista a total liberdade e o voto de confiança que o Criador concedeu desde o primeiro casal por Ele criado.
Tudo isso, como já sabemos, é porque a família é o mais importante, senão o único ambiente favorável ao equilíbrio integral do indivíduo. Ou seja, tudo pode estar bem na vida de uma pessoa desde que a família também esteja. Caso contrário, o indivíduo se desequilibrará.
Apenas para ilustrar, já vimos várias famílias de pessoas bem sucedidas tanto no cenário secular quanto no cristão, desabarem e, consequentemente seus bem-sucedidos membros. É claro que a família não necessita de discurso apologético, pois ela em si mesma carrega o "gene do êxito de Deus", pois foi projetada por Ele.
O problema é quando os integrantes da família se esquecem disso e passam a viver condicionados pela opressão mundana e/ou satânica. Que, diga-se de passagem: está cada vez mais explícita. Quando desfocamos nossos olhos do Senhor e passamos a olhar para o que está a nossa volta. Como por exemplo, determinados conteúdos veiculados pela mídia em geral, relacionamentos distorcidos, etc. A impressão que se tem é que como os inimigos de Deus não podem atingi-lo, estão tentando destruir Seu "celeiro" de formação de homens e mulheres equilibrados, para que não haja mais descendentes adoradores do DEUS VIVO. Quanto constrangimento tal investida das trevas tem causado nas famílias que buscam obedecer aos ensinamentos de Deus e viver uma vida que O glorifica.
Certo dia, estávamos assistindo televisão em nossa casa, quando de repente apareceu uma propaganda sobre o uso de preservativo (possivelmente você já deve ter visto tal afronta aos valores da família). Na referida propaganda havia um casal de meia idade com seu suposto filho. No enredo da propaganda (cujos diálogos estavam também legendados na tela) o jovem se despedia dos pais para sair a passeio. Então, a personagem mãe entregou um preservativo ao filho sugerindo que ele o levasse consigo. Em seguida, a personagem pai disse ao filho algo que, confesso, só consegui guardar o final da fala do pai: "... você nunca sabe se seu namorado vai ter." (grifo do autor). Aquilo entrou pelos meus ouvidos e olhos de uma maneira tão indigesta que, por alguns segundos, fiquei sem fala. Pensei no quanto o sistema que governa o mundo tem forçado contra os valores cristãos.
Não que eu seja contra o uso do preservativo, mas sim contra a maneira como foi apresentado. Além do mais, como cristão, creio que o sexo deve ser praticado no casamento e por pessoas de sexos diferentes. Naquele momento olhei para minha esposa e meu filho de nove anos que estavam ao meu lado. Minha esposa percebeu meu embaraço. Meu filho perguntou: "O que foi papai"? Eu disse para ele: "não tenho coragem de repetir filho".
E por dias pensei naquela propaganda. Ainda veiculava outro anúncio publicitário também sobre o mesmo tema, porém com outro enredo. No qual uma moça chegava à casa de seus pais com seu namorado, dizendo para mãe dela que iria dormir com o namorado ali, no seu quarto, e então a mãe da mesma ofereceu-lhe um preservativo, com um tom de total concessão e concordância com a situação. Houve em mim um sentimento de revolta e indignação, por saber que aqueles que autorizaram tal publicidade foram escolhidos pelas famílias da nação, para defender os valores éticos e morais, que agora estão sendo usurpados.
Não quero ser visto como legalista, pois não o sou. O fato é que precisamos trabalhar para edificação das pessoas e, por conseguinte das famílias. Já temos tantas limitações no dia-a-dia. Somos tão afetados por tudo ou quase tudo que acontece fora dos nossos lares, que é inaceitável o fato de o mundo e seu sistema penetrarem dentro de nossas casas para determinar até: quando e como, vamos ensinar as coisas para os nossos filhos.
Foi em meio a tal episódio que pude refrigerar meu coração com a verdade da Palavra de Deus contida em Jeremias 29.11 que diz: "Eu é que sei os pensamentos que tenho sobre vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais".
Sendo assim, por maior que seja o desafio de ser pai e mãe, temos que permanecer firmes e inabaláveis na posição que Deus nos confiou. Pois, o futuro saudável de nossa descendência depende de como reagimos às investidas do mundo que "... jaz no Maligno."(1Jo 5.19) Creia, é Deus quem dá a última palavra sobre sua vida e sua família.
Jean Carlos é pastor, cursou seminário teológico; professor e interprete da língua Inglesa - graduado em Letras (UFMG); colunista da Revista Cristã. Casado com Katy Bastos com quem tem um casal de filhos.
Contato: [email protected]
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