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Saúde

Luzes de telas eletrônicas prejudicam o sono, alerta especialista

Uso de tablet, celular e outros equipamentos no período noturno, pode interferir na qualidade do sono e prejudicar a rotina no dia seguinte

Fonte: Guiame, com informações de Assessoria Instituto de Medicina do SonoAtualizado: quarta-feira, 19 de agosto de 2015 às 15:44
olhos
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As luzes de telas eletrônicas, como as emitidas por tablets e smartphones, podem atrapalhar o sono. Isso porque a produção de melatonina, hormônio que ajuda as pessoas a adormecerem, pode ser inibida pela luz, principalmente a partir da parte azul do espectro.  

luzConforme o neurologista do Instituto de Medicina e Sono de Campinas e Piracicaba, Shigueo Yonekura, o uso constante de aparelhos eletrônicos no período da noite pode interferir na qualidade do sono e prejudicar a rotina no dia seguinte, especialmente a longo prazo. O problema é ainda maior com a utilização de smartphones e tablets, que geralmente são iluminados por diodos emissores de luz (LEDs), que emitem mais luz azul do que produtos incandescentes. As Tvs com retroiluminação LED são outra fonte de luz azul, mas pelo fato de serem vistas de mais longe, podem afetar menos o sono.

O neurologista comenta que a luz azul à noite pode confundir o organismo, fazendo-o acreditar que é dia, o que aumenta o ritmo dos batimentos cardíacos, além de fazer com que a pessoa fique alerta. A supressão de melatonina também pode causar sérios problemas à saúde. O composto bioquímico é produzido pela glândula pineal do cérebro durante a noite, quando está escuro, para regular o nosso ciclo de sono-vigília.

Ele reduz os níveis de glicose, temperatura do corpo e a pressão arterial, que são os principais responsáveis para se ter um sono reparador. "A melatonina aprofunda o sono levando ao relaxamento total. Além disso, o hormônio é fundamental para a manutenção de atenção, memória, raciocínio e humor”.

Entre as dicas do especialista em sono pelo Hospital das Clínicas da USP está a redução no tempo do uso dos equipamentos à noite. “Se não consegue cortar o uso, pelo menos a pessoa deve reduzir o tempo de exposição à luz azul e manter mais distância dos olhos”, orienta.

Yonekura diz que algumas pessoas procuram usar óculos laranja para bloquear comprimentos de onda da luz, mas a melhor solução é evitar os eletrônicos à noite. “A luz artificial afeta nosso ritmo circadiano, já que o cérebro não sabe diferenciar a artificial da natural. As nossas funções biológicas são controladas pela ausência ou presença de luz”, reforça.

Além dos efeitos da claridade, o médico alerta para a redução do tempo de sono das pessoas devido ao uso dos eletrônicos. “Os equipamentos têm a capacidade de prender a atenção de crianças, jovens e adultos até altas horas da madrugada e diminuir a quantidade de horas dormidas pode prejudicar a saúde”, alerta. Ele afirma que grande parte da população está trocando horas de sono pelo computador e outros eletrônico.

 

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