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Saúde

Oncologista lista dez males relacionados ao cigarro que você precisa saber

Entenda a importância da data

Fonte: Guiame, com informações de Assessoria BrodeurAtualizado: terça-feira, 25 de agosto de 2015 às 14:29
Cigarro
Cigarro

O Dia Nacional de Combate ao Fumo foi criado em 1986 pela Lei Federal nº. 7.488. Comemorado em 29 de agosto, a data tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos causados pelo tabaco.

O tabagismo é uma doença epidêmica responsável por cerca de 200 mil mortes por ano no Brasil. Em 2012, foram registrados 23,5 mil mortes por câncer de pulmão e 4,3 mil por câncer de laringe. O hábito de fumar pode causar cerca de 50 tipos de doença, principalmente problemas cardiovasculares, câncer e doenças respiratórias obstrutivas crônicas (enfisema e bronquite).

Em julho deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou o relatório "A Epidemia Mundial de Tabaco 2015", que revela que uma pessoa morre de doenças relacionadas ao tabaco a cada seis segundos, o equivalente a cerca de 6 milhões de indivíduos por ano.

De acordo com o oncologista do Hospital Santa Paula, Denyei Nakazato, o tabagismo é a principal causa de morte evitável no mundo. “Mesmo quem fumou por anos pode recuperar a saúde ao parar de fumar. Os resultados começam a aparecer em uma semana, como normalização da pressão arterial e da frequência cardíaca, eliminação da nicotina na circulação sanguínea, aumento do nível de oxigênio no sangue, evolução da sensibilidade do paladar e do olfato e, obviamente, melhora da respiração”, explica o médico.

Os dez males causados pelo cigarro:

1. Cigarro e problemas no pulmão: os tecidos dos pulmões perdem a elasticidade e são destruídos aos poucos. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um desses problemas e manifesta-se de duas maneiras: enfisema pulmonar e bronquite crônica. Das mortes provocadas por esses problemas, 85% estão associadas ao cigarro. Ela geralmente se desenvolve depois de muitos anos de agressão aos tecidos do pulmão por causa das toxinas do cigarro. O câncer de pulmão é o mais comum entre os tumores malignos e, a principal doença relacionada ao cigarro. O tratamento é feito com cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

2. Cigarro e derrame: a dificuldade de circulação sanguínea pode comprimir os vasos e aumentar a pressão arterial, resultando em um acidente vascular cerebral. O tabagismo está relacionado a 25% das mortes por derrame cerebral.

3. Cigarro e infarto: o cigarro é extremamente prejudicial ao coração. Ele aumenta o colesterol total, a pressão arterial e a frequência cardíaca, que pode subir até 30% durante as tragadas. Por essa razão, todo fumante é mais propenso a ter infarto.

4. Cigarro e impotência sexual: o tabagismo aumenta em 85% o risco de impotência sexual em homens. Seu surgimento depende do consumo diário do cigarro, tempo de vício e da associação com doenças como diabetes e hipertensão. Estima-se que 10% da população mundial masculina adulta sofra do problema. No Brasil, o transtorno acomete em torno de 6 milhões de homens. A impotência sexual é a incapacidade de iniciar e manter uma ereção em pelo menos 50% das tentativas durante a relação sexual.

5. Cigarro e envelhecimento precoce: o cigarro diminui a irrigação sanguínea da pele e a chegada de oxigênio e nutrientes para as células. O resultado disso é um envelhecimento precoce da pele, com rugas em média 20 anos mais cedo que pessoas não fumantes. Além disso, o cigarro também pode causar rugas, manchas, opacidade e até alteração da cor da pele. Apesar de o rosto ser a região mais prejudicada, o fumo pode também afetar a pele de todo o corpo.

6. Cigarro e boca: além de provocar mau hálito, a fumaça do cigarro irrita a gengiva e facilita o surgimento de cáries. Isso acontece porque a nicotina e outros componentes agridem a gengiva e a raiz. A alteração nas papilas gustativas afeta o paladar e há ainda o aumento do risco de câncer de boca.

7. Cigarro e menopausa precoce: entre as mulheres fumantes, o cigarro aumenta as chances de menopausa precoce, infertilidade e problemas com a menstruação. Estudos apontam que as mulheres fumantes atingem a menopausa um ano antes do que as não fumantes. Essa mudança fisiológica pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, osteoporose e obesidade.

8. Cigarro e trombose: estudos apontam que o uso de pílula anticoncepcional associado ao tabagismo aumenta as chances das mulheres desenvolverem trombose. Os hormônios dos anticoncepcionais alteram a circulação e aumentam os fatores de coagulação do sangue, por isso as chances de desenvolvimento de coágulos nestas veias profundas são maiores.

9. Cigarro e dor de cabeça: o monóxido de carbono (CO), quando combinado com a hemoglobina do sangue (responsável pelo transporte de oxigênio), reduz a oxigenação sanguínea. No período de abstinência, quando o usuário passa horas longe do cigarro, o nível de oxigênio volta ao normal. Este “excesso” de oxigênio é a causa das dores de cabeça.

10. Cigarro e olhos: estudos apontam que fumar aumenta em até três vezes o risco de catarata relacionada à idade, a principal causa de cegueira no mundo. A maioria das pessoas tem os primeiros sinais da doença perto dos 50 anos, mas os fumantes podem começar a desenvolver os sintomas aos 40 anos, pois os danos que o tabagismo provoca ao sistema cardiovascular prejudicam a nutrição de oxigênio do cristalino.

Sete dicas para abandonar o vício:

O oncologista Denyei Nakazato listou abaixo sete dicas para quem quer parar de fumar:

1 - Em média, é na terceira tentativa que a interrupção definitiva é alcançada pelo paciente.

2 - Existem vários grupos de apoio antitabagistas para orientar os pacientes que desejam parar de fumar. As pessoas se reúnem em grupos de autoajuda no mínimo uma vez por semana. Em alguns casos essa frequência pode ser ajustada para mais dias por semana.

3 - No Brasil, o tratamento farmacológico é o mais conhecido e inclui o uso de adesivos e goma de mascar.

4 - O indivíduo deve evitar bebidas alcoólicas e café, pois essas bebidas estimulam a vontade de fumar.

5 - A abstinência é normal e dura somente alguns minutos. Neste momento, é aconselhável beber água, mascar chiclete ou comer algum doce.

6 - A prática de exercício físico contribui muito na melhora respiratória. As atividades mais indicadas são natação, caminhada, corrida e ciclismo.

7 - Se o tabagista está em tratamento é importante que a família e amigos saibam lidar com as possíveis recaídas.

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