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Saúde

Sofre com enxaqueca? Conheça as principais causas e dúvidas sobre a doença

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia, 95% da população apresentará uma dor de cabeça ao longo da vida

Fonte: Guiame, com informações de Assessoria de Imprensa Grupo Máquina PRAtualizado: terça-feira, 30 de junho de 2015 às 18:39
enxaqueca
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Vômitos, fadiga e alteração do sono são alguns dos sintomas causados pela dor de cabeça, mal que, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, afeta 15% da população brasileira, sendo 20% de mulheres e 5% a 10% de homens. A enxaqueca é uma doença neurológica de causa hereditária e seu principal sintoma é a dor que afeta principalmente a frente da cabeça, têmpora ou a região ocular, acompanhada em alguns casos de náuseas, vômitos e intolerância a luzes e sons. Essa dor pode ser incapacitante e ter um custo pessoal, social e financeiro, reduzindo a concentração, baixando o rendimento profissional e aumentando o número de faltas ao trabalho. Segundo a Neurologista-Chefe do Setor de Investigação e Tratamento das Cefaleias da Unifesp, Dra. Thais Rodrigues Villa, a doença acomete também as crianças, cerca de 10% dos pequenos sofrem com as consequências da enxaqueca.

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De acordo com a especialista, a enxaqueca com aura causa uma perda de campo visual ou visão de flashes luminosos, alteração da fala, confusão mental e tontura antes, durante ou depois da crise. Já a cefaleia tensional é uma dor em pressão leve ou moderada, que acomete qualquer parte da cabeça. "Caso a pessoa identifique algum desses sintomas, o ideal é consultar um neurologista que poderá diagnosticar e orientar um tratamento, levando em conta o tipo de enxaqueca, a frequência e os sintomas", esclarece a neurologista. Ela também reforça a importância do paciente fazer um diário para registrar as crises de dor de cabeça para ajudar o especialista a individualizar o tratamento. "Anote como elas se manifestam, observando fatores como duração e horários predominantes das crises, intensidade da dor, localização, sintomas acompanhantes e situações desencadeantes".

A duração típica de uma enxaqueca é de quatro horas a três dias, porém a profissional explica que as crises são variáveis. "Existem crises que duram dias! Pacientes com um quadro chamado enxaqueca crônica podem apresentar cefaleias que duram entre quinze dias e um mês. É um número muito elevado de dias com dor de cabeça, cerca de 5% da população tem esse diagnóstico. Até as crianças podem tê-las, mas geralmente com uma duração menor, de 30 minutos", explica a neurologista. Existem alguns sinais que podem ser interpretados como sintomas. "Mudanças repentinas do humor, náuseas, diarreias, vontade muito grande de comer doces, bocejamento constante, fadiga, mudanças no sono podem sinalizar que uma crise poderá acontecer. Esses sintomas são chamados pródromos da enxaqueca, e podem ocorrer até 24 horas antes do inicio da cefaleia".

O tratamento das crises ou o tratamento agudo da enxaqueca deve ser feito após orientação médica. "Ao prescrever um tratamento, avaliamos a frequência de dias com dor de cabeça, sintomas associados, outras doenças da pessoa, alergias ou efeitos colaterais a tratamentos utilizados anteriormente. Analgésicos não são a base do tratamento da enxaqueca, pois agem somente no momento da dor, e se usados sem orientação, em excesso, e de maneira indiscriminada, podem piorar o quadro, tornando a cefaleia ainda mais intensa e recorrente". O tratamento profilático ou preventivo é a base do tratamento da enxaqueca e deve ser instituído em pessoas que apresentem mais que três dias de dor por mês, de intensidade moderada, que interfiram na rotina. Esse tratamento é realizado com medidas não medicamentosas, como os neuromoduladores, que são não invasivos e sem efeitos colaterais, e enviam estímulos elétricos ao nervo trigêmeo, e também com medicações, que usadas diariamente, previnem que a dor aconteça. Além do tratamento, a dor de cabeça pode ser evitada com algumas mudanças de hábitos. "É preciso teruma alimentação balanceada em intervalos regulares, ter uma rotina de sono e exercícios físicos bem estabelecidos, evitar o uso excessivo de cafeína e álcool, ambientes com luminosidade excessiva, luzes piscantes e muito barulho", finaliza a especialista.

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