A ideia da produção é explorar as "muitas dificuldades que garotos estão tendo na sociedade americana atual". Porém uma estudiosa está preocupada com que a crítica feita pelo programa à masculinidade ganhe proporções exageradas.
"Nós temos construído uma idéia de masculinidade nos Estados Unidos que não dá aos jovens uma forma de se sentir seguro em relação a esta, o que os fazem querer prova-la o tempo todo", diz o sociólogo e educador, Dr. Michael Kimmel no trailer, que tem cerca de um milhão e meio de visualizações até o momento.
O documentário é produzido por Jennifer Siebel Newsom, responsável também pela obra "Senhorita Representação" - que analisou a forma como a mídia representa, ou deturpa, mulheres.
Segundo o site do documentário (therepresentationproject.org), Newsom "sabia que não podia buscar a verdadeira mudança cultural, sem também expôr e desafiar a masculinidade 'prejudicial', que é reforçada em meninos e homens".
A estudiosa residente pelo American Enterprise Institute, Christina Hoff Sommers - autora do livro "The War Against Boys" ("A Guerra Contra Garotos"), publicado em 2001 - alerta que o documentário pode estar desviando o foco do real problema.
"Eu admiro Newsom para usar seu talento considerável para defender os meninos, mas eu receio que ela esteja menos preocupada em ajudar os meninos do que com a 're-engenharia' da sua masculinidade, de acordo com as especificações de alguns estudos de gênero livro didático. O trailer está repleto de uma ideologia 'homens-são-tóxicos', mas mostra pouco apreço pela forma, bem como o fato de que a natureza dos meninos pode ser distintamente boa", alertou a escritora em um artigo para a revista TIME.
Sommers tem cinco sugestões para Newsom, sobre como ela proceder com suas edições finais para a produção. Uma delas é: "avaliar com cautela a diferença entre 'masculinidade saudável' e 'patológico".
"Alguns meninos são 'hipermasculinos' ou 'patologicamente masculinos'. Eles são agressivos e pior, estabelecem seus 'traços masculinos' através da destruição, caos e predando os fracos e vulneráveis??. Mas a maioria dos meninos quer evidenciar uma masculinidade saudável. Eles podem desfrutar do 'caos' em jogos e esportes, mas na vida, mostram que gostam de construir, e não destruir. Seu instinto não é explorar pessoas vulneráveis??, mas proteger e defendê-los", destacou.
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(É possível ativar o recurso de legendas em português para esses vídeos)
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*Tradução por João Neto