“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões” (Rm 6.12).
Todo aquele que pratica o pecado é escravo do pecado. O pecado é um rei que governa a vida de todo aquele que ainda não nasceu de novo. O homem não regenerado é um servo desse tirano. O pecado é um rei cruel, que coloca seus súditos debaixo de suas botas sujas. O homem nasce escravo desse carrasco impiedoso. Vive debaixo de sua ditadura implacável. Nenhum escravo pode libertar a si mesmo dessa escravidão.
Deus, porém, por meio de Cristo, nos libertou do poder do pecado (Rm 6.1-5). Onde o pecado abundou, superabundou a graça. Por ser a graça maior do que o nosso pecado, entretanto, ela não é um incentivo ao pecado. Ao contrário, não podemos viver no pecado, nós os que para ele já morremos. Estamos unidos com Cristo em sua morte, sepultamento e ressurreição. Morremos com ele, fomos sepultados com ele e ressuscitamos com ele. Estamos nele. Essa união com Cristo, destronou o pecado em nossa vida. Esse rei tirano perdeu seu poder sobre nós. Agora, somos livres do pecado e não mais escravos dele. O apóstolo Paulo, usa três argumentos para nos levar à essa gloriosa conclusão:
Em primeiro lugar, nós devemos saber (Rm 6.6-10). O que nós devemos saber? Devemos saber que já foi crucificado com Cristo o nosso velho homem. Fomos sepultados com ele e ressuscitamos com ele para uma nova vida. Portanto, não precisamos mais servir o pecado como escravos. O pecado não é mais nosso patrão. Sua coroa foi tirada. Ele não é mais nosso rei. Não precisamos mais nos ajoelhar a seus pés para obedecer suas ordens. Fomos libertos dessa escravidão. O pecado foi destronado de nossa vida. Outrora, sob a lei, o pecado nos dominava, mas agora, sob a graça, somos livres!
Em segundo lugar, nós devemos considerar (Rm 6.11). Aquele que morreu com Cristo deve se considerar morto para o pecado. Deve andar com a certidão de óbito no bolso. Um morto não obedece o pecado, o seu antigo rei. Foi liberto do jugo. Assim, devemos nos considerar mortos para esse rei tirano. Seu governo cruel sobre nós acabou. Seu domínio opressor chegou ao fim. Não estamos mais com uma coleira no pescoço. O pecado não manda mais em nós. Agora, devemos nos considerar vivos para Deus. Temos um novo rei. Somos servos da justiça. Fomos libertos da casa do valente, do império das trevas, da tirania do diabo, do reinado do pecado. Estamos sob as ordens de um novo Senhor, aquele que morreu por nós e ressuscitou para nos libertar da escravidão do pecado.
Em terceiro lugar, nós devemos oferecer (Rm 6.12-14). Quando sabemos que fomos crucificados, sepultados e ressuscitados com Cristo. Quando nos consideramos mortos para o pecado, então, podemos dizer ao pecado: Agora você não reina mais sobre nós. Agora não obedecemos mais às paixões carnais. Agora não oferecemos mais os membros do nosso corpo ao pecado, como instrumentos de iniquidade. Pelo contrário, agora oferecemos a nós mesmos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os nossos membros a Deus como instrumentos de justiça. Não estamos mais debaixo da lei, mas vivemos no reinado da graça. O poder da nova vida não vem mais do nosso inútil esforço, mas sim, de Cristo. Morremos com ele, ressuscitamos com ele. Vivemos nele. Dele nos vem o poder para uma nova vida. Ele é o nosso libertador. Foi ele quem quebrou o poder do pecado em nossa vida. Foi ele quem arrancou a coroa do pecado e destronou-o da nossa vida. Ele é o nosso Rei e o seu reino é o reino da graça. Agora, somos livres, verdadeiramente livres. Nele temos vida, e vida em abundância. Outrora, vivíamos debaixo de amarga escravidão, rendidos ao pecado. Agora, livremente oferecemo-nos a Deus. Outrora, caminhávamos com uma coleira no pescoço, para uma condenação eterna. Agora, cheios de contentamento e gozo, marchamos para o céu!
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