Consciência Negra: Um pedido de perdão

Consciência Negra: Um pedido de perdão

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:04
Consciência Negra: Um pedido de perdãoDurante 10 anos (1835-45), a Guerra dos Farrapos se arrastou pelo sul do Brasil, em uma luta entre forças revolucionárias daquela região e o exército brasileiro. Porém, apesar do “final feliz” para as forças oficiais do país, uma grande injustiça manchou esta vitória com sangue inocente: o massacre contra os soldados negros.
 
Nós sabemos que em nosso país – especialmente na região sul, onde moro – na Guerra dos Farrapos, contrataram soldados negros, para lutar no exército brasileiro, prometendo a estes, terras / propriedades a estes homens, quando o Brasil voltasse vitorioso do conflito. Porém, no retorno das tropas brasileiras, o que o aconteceu foi um massacre. Degolaram todos os soldados negros, para que não fosse necessário o pagamento desta dívida – tal era a discriminação contra a raça negra em nosso estado, em nosso país. 
 
Em muitos outros lugares ocorreram fatos semelhantes... isso sem falar da escravidão; daqueles que sofreram com as duras viagens nos navios negreiros, imundos e sem qualquer condição de sobrevivência; das duras chibatadas tomadas nos troncos das fazendas de engenho; do racismo, que, inacreditavelmente, ainda hoje existe. 
 
Isto tudo traz para a nossa terra, um peso, uma cobrança, porque Deus é justo... Ele ama todas as raças, porque é o criador destas. Quando uma raça é injustiçada desta forma, isto nos traz a necessidade de remissão perante este povo. 
 
Neste dia, consagrado à Consciência Negra, eu gostaria de fazer um pedido de perdão por aqueles que ofenderam a raça negra. Deixo aqui o meu pedido de perdão e a minha oração para que Deus restitua tudo o que foi roubado desta raça. Num ato de remissão, é comum que nós nos coloquemos no lugar dos ofensores e peçamos perdão aos que foram ofendidos. 
 
Quero convidar a Igreja, para orarmos, como ministros do evangelho e da reconciliação, por justiça e que hoje comece um novo tempo, em que há respeito aos nossos irmãos, que se diferem de outros apenas na cor da pele, mas o coração, o sangue e o Deus é o mesmo.
 
Por Joel Engel - www.joelengel.com.br

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