Continuando nossos estudos financeiros no livro de Números, quero falar sobre alimentação.
Você sabe que, no planejamento financeiro, a alimentação é uma das necessidades básicas a considerar. Sem comida não dá para viver. E como está a sua alimentação? Você tem se alimentado bem? Ou tem gastos excessivos nessa área e nem sempre com a qualidade de que necessita?
Percebo que em nossa vida moderna queremos comodidade. Assim, boa parte do que comemos é ingerido fora de casa, mas nem sempre é de boa qualidade e muitas vezes tem um peso alto em nossos gastos. Você já anotou quanto gasta por mês com sua alimentação ou a de sua família? É bom verificar os números. Não esqueça que você é o responsável pela boa administração do seu dinheiro.
Agora vamos ao texto de Números que fala de um alimento muito específico, que foi chamado de maná. Durante a caminhada dos israelitas pelo deserto, Deus providenciou essa comida para eles. A Bíblia diz que o maná era parecido com pequenas sementes brancas, meio amareladas (Números 11.7). O maná era distribuído todos os dias e cada pessoa podia pegar o suficiente só para aquele dia. Nada mais, nada menos. Ele caía durante a noite, com o orvalho. No dia seguinte de manhã, o povo ia apanhá-lo em volta do acampamento. Eles o moíam em moinhos ou o socavam em pilões, cozinhavam numa panela e faziam pães achatados que tinham gosto de pão amassado com azeite (Números 11.8).
O maná traz inúmeras lições para nossa vida pessoal e financeira. Vamos tentar tirar aqui algumas dessas lições:
A primeira lição que podemos aprender é que o maná foi providenciado durante aqueles quarenta anos que o povo passou no deserto.
No entanto, por que o povo ficou tanto tempo no deserto? Por causa da sua desobediência e da falta de fé em Deus. Eles não creram que Deus poderia lhes dar a vitória sobre os povos que deveriam conquistar. Será que isso não acontece também conosco? Falta fé. Falta obediência. E aí — amavelmente — Deus nos disciplina, mas ele nos dá o maná, o suprimento básico apropriado para não desfalecermos no caminho da restauração.
Outra coisa é que o maná não podia ser acumulado como normalmente fazemos com a comida. Só na sexta-feira é que podiam pegar uma porção dobrada para que no sábado não fosse necessário recolher. Embora a Palavra de Deus nos oriente a criar reservas de alimento e até mesmo reservas financeiras, naquele período do maná isso não poderia ser feito. Talvez um período para que o povo sentisse a necessidade de crer na provisão diária de Deus. Certamente um período de amadurecimento.
Por último, chegou o dia em que o maná cessou e o povo voltou a comer os frutos da região, na terra que estava sendo conquistada. Portanto, tenha paciência. Talvez este período esteja sendo difícil para você. Uma nova fase há de vir, com novas perspectivas para sua vida financeira.
Conclusão: Você deve sempre confiar em Deus e nos princípios financeiros de sua Palavra. Verifique se está sendo fiel em cada um deles. Mesmo que venha disciplina, com uma fase de restrição alimentar ou financeira, esteja certo de que é para o seu bem. Faça as correções de rota e siga adiante.
Por Paulo de Tarso, pastor, engenheiro e mestre em Teologia. Fundador do Ministério Finanças para a Vida, que ensina pessoas de todas as idades a administrar o dinheiro de acordo com a Bíblia. É autor dos livros “Sucesso Financeiro” e da série “Finanças em Ação”.
*O conteúdo do texto acima é uma colaboração voluntária, de
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