A declaração final da Cúpula de Líderes do G20, composta pelas 20 principais economias do mundo, foi divulgada nesta segunda-feira (18), abordando temas que vão desde as mudanças climáticas até os conflitos armados.
O encontro, realizado nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro, resultou em uma declaração elaborada coletivamente pelos chefes de Estado e de governo dos países membros.
O Brasil, na qualidade de país anfitrião, desempenhou um papel central na coordenação e facilitação do processo.
O documento contém 85 tópicos que abordam uma ampla gama de questões globais; todos os países membros assinaram o documento, com a Argentina de Javier Milei fazendo oposição a vários pontos.
Em comunicado, o governo argentino informou que, pela primeira vez desde sua adesão ao G20, assinou a declaração do bloco “se dissociando parcialmente de todo conteúdo relacionado à Agenda 2030”. O texto faz referência ao programa da ONU com metas para o desenvolvimento sustentável.
Guerras e terrorismo
A declaração final do G20 abordou os conflitos armados em duas regiões de grande preocupação internacional envolvendo a Ucrânia e Israel.
No contexto da Ucrânia, que foi atacado pela Rússia há quase três anos, os líderes expressaram grande preocupação com a situação humanitária, enfatizando a urgência de uma resolução pacífica e justa para o conflito.
Em relação à Faixa de Gaza, a declaração também abordou a grave situação humanitária, pedindo um cessar-fogo abrangente e imediato.
Reféns israelenses
O documento do G20 reforça a importância da proteção dos civis e enfatiza a necessidade de um esforço coletivo para promover a paz na região, reconhecendo as dificuldades enfrentadas pelas populações locais.
Além disso, propõe uma solução de dois Estados para o conflito entre Israel e o Hamas.
No entanto, o documento não menciona a libertação dos reféns sequestrados no dia 7 de outubro de 2023.
A guerra entre Israel e o Hamas, especificamente em Gaza, é objeto de um único parágrafo da declaração final. Outros trechos falam sobre conflitos de uma forma geral, reiterando “posições nacionais” e resoluções adotadas no âmbito das Nações Unidas.
Os próximos encontros do G20 ocorrerão sob novas presidências nos próximos anos. Em 2025, a África do Sul assumirá a liderança, e em 2026, o encontro será realizado nos EUA, onde os líderes se reunirão novamente para discutir questões globais.