Estudos realizados no Brasil mostram que existem oito grupos sociais que são reconhecidos como “menos evangelizados”. Desse número, dois deles são os indígenas e os ribeirinhos. No caso do povo indígena, são mais de 117 etnias sem qualquer conhecimento bíblico. Já os ribeirinhos apresentam mais de 10 mil comunidades sem igrejas evangélicas em toda bacia Amazônica.
Os dois grupos estão presentes no território da Noroeste do Brasil, local onde foi dado início a um projeto que muito em breve deverá gerar bons frutos, a “Igreja que Navega”. Encabeçado pela Igreja Adventista, a iniciativa tem como objetivo motivar seus fiéis a estarem engajados na evangelização das pessoas que residem nessas comunidades.
“O coração bate mais forte por saber que muitas pessoas serão beneficiadas por meio deste grandioso projeto”, diz Reno Guerra, líder pastoral da “Igreja que Navega”. “Pessoas de várias partes do mundo participaram de alguma forma para que este dia chegasse”, ressaltou.
“Hoje, dia 27 de abril, ficará marcado para sempre. É um momento histórico, pois é o início da realização de um sonho que nasceu no coração de Deus”, pontuou o líder. Ele ainda informa que a primeira comunidade a ser atendida será a de Gutierrez, que fica a três horas de barco da cidade de Manaus, AM.
Cerca de três mil pessoas moram na localidade onde as residências do vilarejo ficam todas em casas de palafitas. De acordo com o pastor Gilmar Zahn, presidente administrativo da Igreja Adventista para a região Noroeste, a expectativa é que o projeto possa realizar um dos maiores objetivos que é o de estabelecer novos templos em lugares mais remotos e distantes. “Uma igreja onde fará brilhar o farol da luz da Bíblia”, conclui.
Participação Mundial
Muitas pessoas participaram da campanha para que o barco pudesse ser adquirido. O pastor Arildo Souza, diretor do departamento de Missão Global disse que cristãos fora do Brasil também doaram. “Durante o primeiro trimestre deste ano, as ofertas missionárias contemplaram projetos aqui da nossa região. E quem é o promotor disso é o departamento da Escola Sabatina, por meio do Informativo das Missões, que durante os três meses trouxe relatos de histórias de pessoas que vivem nas localidades onde os projetos serão desenvolvidos”, comentou.
“Assim, os fiéis têm a oportunidade de conhecer um pouco mais da cultura, dos costumes e dos desafios daquelas regiões mesmo morando a quilômetros de distância. As ofertas são recolhidas em todo o mundo e uma porcentagem desses valores são enviadas para os projetos designados para aquele período. Então, pessoas do mundo inteiro estão contribuindo para o avanço do evangelho”, finalizou.