As minorias religiosas no Iraque estão expostas a riscos ainda maiores à medida que o inverno se aproxima naquela região. As informações são de uma instituição de caridade católica.
Centenas de milhares de iraquianos deslocados são forçados a viver em tendas improvisadas após fugir da grupo terrorista ISIS (Estado Islâmico) sob condições temperaturas extremamente adversas, que devem abaixo de zero nos próximos dias.
"Há uma necessidade absolutamente esmagadora ... as pessoas não podem esperar para sobreviver em barracas," disse John Pontifex, da organização "Ajuda à Igreja que Sofre" (AIS) ao Christian Today.
Pontifex, que voltou do Iraque no início deste mês, disse:
"Essas pessoas deixaram suas casas com nada mais do que as camisas em suas costas. Eles precisam de roupas quentes, habitação, escolas, e eles precisam de maior proteção para garantir que eles não fiquem à mercê de militantes radicais".
Ontem, em uma reunião especial de cardeais, o secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin advertiu que "um novo genocídio" poderia muito bem ter lugar no norte do Iraque e na Síria, onde o ISIS está tomando o controle de vilas e cidades, numa tentativa de criar um califado.
Parolin disse que é necessária uma maior ajuda humanitária e proteções colocadas em prática para permitir que os cristãos e outros deslocados continuem a viver em sua terra natal, em vez de serem forçados a fugir para o exterior.
Houve um debate sobre a melhor maneira de ajudar as pessoas afetadas pelo conflito no Oriente Médio.
O arcebispo de Canterbury, no mês passado pediu aos governos ocidentais para "proporcionar alívio e segurança para os deslocados, que temem por suas vidas".
"O que estamos vendo no Iraque viola brutalmente o direito das pessoas à liberdade de religião e de crença", disse ele.
"É extremamente importante que os esforços de ajuda sejam apoiados e que aqueles que foram deslocados sejam capazes de encontrar segurança. Acredito que, como a França, as portas do Reino Unido devem estar abertas aos refugiados, como tem sido ao longo da história."
Pontifex disse que é vital ajudar as pessoas "onde quer que estejam".
"Precisamos ajuda-los onde eles estão, e tanto quanto pudermos. Sabemos que é uma situação em movimento em todos os níveis e, como resultado, temos de responder à situação à medida que ela evolui, seja ajudando aqueles que desejam ficar no Iraque, ou àqueles que já tenham tomado a decisão de sair do país. Isso não se aplica apenas para os cristãos", acrescentou.
Com informações do Christian Today
*Tradução por João Neto - www.guiame.com.br