Ao participar de um encontro online com discipuladores cristãos, Donya (nome fictício por motivos de segurança), que vive no Irã, sentiu o desejo de decorar sua sala com uma árvore de Natal.
Menos de duas horas depois, no entanto, assim que terminou a chamada, ela teve que desmontar e esconder a decoração.
No Irã, qualquer vestígio que relacione alguém ao cristianismo é muito perigoso. Se alguma autoridade visse a árvore de Natal na casa de Donya poderia prendê-la por ter abandonado o islã para seguir uma “religião ocidental”.
Além disso, seguir a Cristo no Irã é uma afronta ao governo islâmico e motivo de vergonha para as famílias.
‘Só queria celebrar o Natal como todo mundo’
“Só queria decorar a casa e celebrar como todo mundo, mesmo que fosse por poucas horas”, disse a cristã durante a celebração online com as luzes brilhando na árvore de Natal ao fundo.
Enquanto pessoas de várias partes do mundo estão se preparando para a celebração do nascimento de Jesus, com presentes, receitas de ceia de Natal e decorações nas casas, cristãos como Donya enfrentam uma onda de prisões e interrogatórios no Irã.
“A celebração da vinda do Príncipe da Paz, Jesus, acontece em um mundo que caminha no trajeto completamente oposto a um ambiente pacífico. Guerras, conflitos, crises econômicas, prisões, tortura e interrogatório são algumas das violações dos direitos humanos que cristãos iranianos têm enfrentado”, compartilhou a Portas Abertas em seu site.
“Ainda assim, a igreja resiste e anuncia a esperança que somente Cristo pode trazer mesmo em um momento tão sombrio. Por favor, ore pelos nossos irmãos na fé, neste fim de ano. Orem por aqueles que precisam esconder a alegria que sentem no Natal e que não podem decorar a casa ou louvar com hinos”, pediu a organização ao concluir.