Foi confirmado que os 30 cristãos mortos por militantes do Estado Islâmico, na Líbia, eram cidadãos da Etiópia.
O vídeo que registra o massacre foi publicado no último domingo (19), exibindo um grupo de pelo menos 16 homens decapitados em uma praia e um outro grupo de 12 pessoas baleadas à morte em uma área de deserto. Eles são identificados como “adoradores da cruz pertencentes à Igreja etíope hostil”.
No vídeo, um dos homens encapuzados deixou a seguinte mensagem antes de dar início as mortes: “À nação da cruz: estamos de volta. O sangue que foi derramado nasmãos da sua religião não sairá barato. Juramos a Alá. Vocês não terão segurança nem nos seus sonhos até aceitarem o Islã.”
Em nota divulgada nesta segunda-feira (20), o governo etíope lamentou profundamente “este ato bárbaro cometido contra cidadãos inocentes.” As autoridades estão tentando confirmar a identidade das vítimas.
Brasil em silêncio?
No Brasil, ainda que as autoridades estejam caladas diante de massacres contra cristãos, existem governantes engajados em projetos de lei que visam conter os ataques terroristas. O deputado federal licenciado e atual secretário de Turismo do Estado de São Paulo, Roberto de Lucena, defende a aprovação do projeto de lei, de sua autoria na Câmara dos Deputados, que autoriza o presidente da República a romper relações diplomáticas e comerciais com países que promovam ou tolerem a perseguição religiosa e o desrespeito aos direitos humanos. Lucena defende também que o Brasil apoie as forças internacionais que enfrentam o Estado Islâmico.
“O Brasil, que é um estado laico, mas cuja população é de 90% de cristãos, continuará em silêncio e apático? Se tivéssemos quebrado o silêncio quando Hitler se levantou contra os judeus na década de 40, no século passado, poderíamos ter evitado a morte de mais de 6 milhões de pessoas nas câmaras de gás e nos campos de concentração”, questiona Lucena. “A comunidade mundial sabe quem são os financiadores do terrorismo internacional. O Brasil continuará mantendo relações diplomáticas e comerciais com esses países?”
“Eu faço parte do povo da cruz”, diz o secretário. “Assim como me preocupo com a islamofobia, denuncio a Cristofobia crescente. Os verdadeiros muçulmanos e os verdadeiros cristãos podem viver em paz, juntamente com pessoas que professam outra fé, num mundo de tolerância e respeito”, finaliza.