Há 12 anos, a missão “Selah Freedom” trabalha para ajudar sobreviventes do tráfico sexual e levá-los a um lugar de cura.
A organização cristã foi fundada por Laurie Swink, depois que ela ouviu histórias sobre vítimas de tráfico e percebeu que elas precisavam de um lugar seguro onde pudessem se recuperar.
A missão está sediada na Flórida e no centro-oeste dos Estados Unidos, oferecendo uma variedade de recursos aos sobreviventes, incluindo serviços de aconselhamento e um programa residencial.
Segundo o The Christian Post, desde a fundação, a Selah Freedom ajudou mais de 6.000 sobreviventes do tráfico.
O trabalho da missão
Stacey Efaw, diretora executiva da instituição, disse que atualmente a Selah Freedom tem 40 mulheres e um homem recebendo aconselhamento através da organização sem morar no campus.
Selah Freedom tem dois campi. Um de curto prazo, onde todos os participantes ficam de seis a nove semanas antes de receberem a opção de se transferir para uma instalação de longo prazo.
"Às vezes temos sobreviventes que foram presos por prostituição e, mais tarde, depois de trabalhar com eles, eles admitem que estavam sendo traficados. Muitas vezes eles têm muito medo de admitir isso", explicou Stacey ao The Christian Post.
Os políciais locais que trabalham com a organização disponibilizam referências para ajudá-la a se conectar com sobreviventes de tráfico humano.
"Muitas vezes, é onde os sobreviventes são encontrados. Nós vamos para as prisões semanalmente e temos grupos lá", disse ela.
Restauração de vidas
Stacey informou que os serviços de aconselhamento que a missão oferece variam de terapia de trauma a cuidados de saúde mental regulares.
Esses cuidados lidam com o tratamento de emoções complexas, como a raiva, e orientando os sobreviventes sobre como construir relacionamentos saudáveis.
“Se eles quiserem se concentrar em seu relacionamento com Deus, também temos um conselheiro espiritual", afirmou ela.
De acordo com o The Christian Post, a missão ajuda pessoas de todas as religiões. No entanto, cerca de metade das mulheres que passam pelo programa frequentam a igreja.
"Eles precisam de alguém que os ame, não os julgue. E nós apenas tentamos mostrar o amor de Deus através do nosso trabalho", disse a diretora.
O site da instituição afirmou: “À medida que trazemos luz às trevas do tráfico sexual, vemos vítimas transformadas em sobreviventes”.
O tráfico sexual e humano nos EUA
Recentemente, o ex-jogador de futebol americano Tim Tebow falou sobre o tráfico humano no Estados Unidos e afirmou que muitos americanos não sabem o que está ocorrendo na America:
“Em um dos bancos de dados da polícia há pelo menos 50.000 meninos e meninas que foram abusados de formas tão graves e ninguém foi capaz de identificá-los ou localizá-los”.
O atleta está envolvido em uma campanha chamada “Unknown” que visa localizar e resgatar crianças vítimas de abusos sexuais no país.