Um muçulmano radical, em Uganda, confessou à polícia que matou um pastor de 70 anos, no início deste mês. Segundo ele, “a palavra de Alá manda matar todos os infiéis que enganam os muçulmanos compartilhando o Evangelho”.
Imam Uthman Olingha confessou às autoridades que matou o bispo Francis Obo, da igreja “Mpingire Pentecostal Revival Church Ministries International”, na vila de Odapako, em Mpingire, no dia 11 de junho, conforme o Morning Star News.
Sobre o assassinato
Olingha estava junto de um grupo de extremistas muçulmanos, vestidos com trajes religiosos, quando abordaram o pastor Obo e sua esposa, enquanto voltavam para casa, por volta das 20h30.
“Ele confessou à polícia que não se arrepende de ter matado Francis porque a palavra de Alá manda matar todos os infiéis que enganam os muçulmanos. Ele acrescentou que Alá estará com ele na prisão, mas o kafir (infiel) mereceu a morte”, explicou a esposa Christine Obo.
Ela também disse que, depois do crime, um dos homens gritou: “Blasfemam contra as palavras de Alá” e “Hoje Alá julgou você”. “Outro agressor disse para eu ir embora, pois era o dia do meu marido. Enquanto me afastava com pressa tentando salvar minha vida, ainda pude ouvir Francis gemendo”, lembrou.
Chegando em casa, em estado de choque, os filhos a levaram para um hospital. Ao recuperar a consciência, ela disse que o pai deles foi morto por muçulmanos radicais e que deveriam ir até o local.
Eles encontraram um grande número de cristãos e parentes reunidos ao redor do corpo. A polícia investigativa conseguiu encontrar rapidamente Imam Uthman Olingha, ainda com sangue em suas roupas e sapatos.
Perseguição aos cristãos
Uma semana antes do assassinato, o casal convidou um ex-professor islâmico para testemunhar sobre como ele se tornou cristão em sua igreja, lembrou Christine Obo. Os muçulmanos locais não gostaram da presença dele ali.
Um movimento rebelde islâmico local, organizado na vizinha República Democrática do Congo, encorajou os radicais de Uganda a perseguir os cristãos.
Essa influência violenta tem crescido constantemente, e muitos cristãos dentro das regiões fronteiriças de maioria muçulmana estão enfrentando todo tipo de hostilidade.
Apesar dos riscos, as igrejas evangélicas em Uganda continuam estendendo a mão para seus vizinhos. Muitas igrejas estão treinando líderes para o compartilhamento do Evangelho com os muçulmanos e estão cuidando daqueles que são perseguidos depois de se tornarem cristãos.